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Quatro migrantes perdem a vida a cruzar a Mancha

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O Governo britânico confirmou que pelo menos quatro pessoas morreram na sequência de um naufrágio de uma “pequena embarcação” com migrantes esta quarta-feira ocorrido no Canal da Mancha, que liga França ao Reino Unido.

Numa declaração no parlamento, a ministra do Interior, Suella Braverman, recusou dar mais detalhes, adiantando apenas que “até ao momento, tragicamente, registaram-se quatro mortes”.

“Uma declaração completa será feita oportunamente, assim que os factos tenham sido completamente estabelecidos, e o trabalho de investigação necessário tenha sido concluído”, afirmou.

Informações avançadas antes pela comunicação social britânica apontavam para três mortes e 43 pessoas resgatadas.

A Guarda Costeira britânica tinha indicado hoje de manhã estar a coordenar uma operação de salvamento em conjunto com a Marinha, a Guarda fronteiriça e a Polícia de Kent.

Além de vários botes salva-vidas, a operação envolveu helicópteros da Guarda Costeira e um da Marinha francesa, bem como a ajuda de barcos de pesca que se encontravam na zona.

A Polícia de Kent indicou que o alerta do incidente foi recebido às 3.39 horas.

Também hoje no parlamento, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, manifestou “pesar” pelo sucedido e “pela trágica perda de vidas humanas”.

O líder do Partido Trabalhista (a principal força política da oposição), Keir Starmer, também manifestou a sua solidariedade para com as vítimas e afirmou que este novo naufrágio no Canal da Mancha é o resultado de “bandos de criminosos” que operam nesta rota migratória e que “põem em risco a vida de pessoas desesperadas e lucram com a (sua) miséria”.

Na mesma intervenção, Keir Starmer pediu que estes grupos organizados que lucram com o tráfico de pessoas sejam “desmantelados ou levados à justiça”.

Desde o início do ano, quase 45.000 pessoas fizeram esta perigosa travessia, em comparação com quase 30.000 no ano anterior.

Em novembro passado, um barco de borracha com 34 migrantes a bordo afundou-se no Canal da Mancha, provocando 31 vítimas mortais, incluindo uma mulher grávida.

Na terça-feira, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou um plano para enfrentar a crise de migrantes ilegais no Reino Unido, com o reforço de meios e a facilitação de deportação de cidadãos albaneses, que representam um terço do total.

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