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Quase 40 mil mortos em Gaza

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Os bombardeamentos israelitas na quarta-feira causaram pelo menos 30 mortos e mais de 100 feridos na Faixa de Gaza, elevando o total de vítimas mortais para 37.232, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

O número total de mortos subiu para 37.232, 70% dos quais mulheres e crianças, e o número de feridos para 85.037, com cerca de 10.000 corpos ainda sob os escombros, referem as autoridades de Gaza.

Nas últimas horas, cinco habitantes de Gaza morreram e 17 ficaram feridos em ataques israelitas contra duas habitações no campo de refugiados de Nuseirat (centro) e fontes palestinianas indicam que as forças de Telavive utilizaram explosivos para destruir edifícios no centro de Rafah.

A agência noticiosa palestiniana Wafa noticiou também a morte de um civil num ataque de um drone a uma concentração de civis perto do porto de Gaza, a oeste da cidade. Nesta zona, o bairro de Zeitun continua a ser bombardeado com ataques aéreos.

Em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, o exército intensificou hoje os ataques, perto da passagem terrestre com o Egito, que continua fechada e impede a saída de mais de 11.000 habitantes de Gaza com problemas de saúde para receberem tratamento médico.

A situação das crianças de Gaza continua crítica e pelo menos 33 morreram de fome nos últimos oito meses, segundo dados de quarta-feira do governo do Hamas.

O exército israelita afirmou hoje, em comunicado, ter eliminado mais de dez militantes do movimento radical islâmico Hamas no centro de Gaza no último dia, “incluindo um participante no massacre de 7 de outubro”, e destruído mais de 45 alvos, incluindo estruturas militares, lança-foguetes e túneis.

A guerra, que hoje entrou no 251.º dia, continua a ameaçar alastrar-se a toda a região do Médio Oriente.

O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

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