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PSD questiona governo sobre ensino de português em Estrasburgo

Tendo em conta a decisão das autoridades francesas da abertura da secção internacional do Colégio Vauban em Estrasburgo, França, com capacidade para 25 alunos aprenderem a língua portuguesa e “considerando que a inscrição de apenas dois alunos tem consequências negativas para a imagem do ensino do português em França”, o deputado do PSD eleito pela emigração, Carlos Alberto Gonçalves, tomou a iniciativa de apresentar uma pergunta ao Governo.

Leia aqui na íntegra a questão colocada pelo parlamentar:

A abertura da secção internacional de língua portuguesa no Colégio Vauban, em Estrasburgo, era um anseio da nossa comunidade residente no departamento francês do Baixo-Reno que finalmente se concretizou.

Infelizmente, esta decisão das autoridades francesas, que criou enormes expetativas para a afirmação do ensino da língua portuguesa naquela região, não está a alcançar os resultados esperados.

Com efeito, a seção internacional, que poderia acolher 25 alunos, apenas tem, para o presente ano letivo, a inscrição de dois alunos.

No contacto que estabeleci com vários representantes da nossa comunidade ali residente pude constatar que não houve qualquer campanha de informação, por parte do Governo português, sobre a abertura desta seção internacional o que contribuiu, certamente, para o reduzido número de inscrições.

Aqueles que têm a responsabilidade do ensino do português no estrangeiro e que se congratularam com o desfecho positivo de uma aspiração de longa data da nossa comunidade residente em Estrasburgo deveriam ter tido o cuidado de fazer chegar essa informação aos portugueses que ali residem.

Assim, uma decisão por todos vista como muito positiva está a ter efeitos nefastos para a imagem do ensino do português em França face à escassa procura que veio a ter dos potenciais interessados.

Muitos portugueses receiam que o futuro desta seção esteja comprometido a não ser que as inscrições para o próximo ano letivo aumentem significativamente. No entanto, lamentam que estando o período de inscrições a decorrer, terminando o prazo a 23 de fevereiro, nada tenha sido feito até agora, para informar e sensibilizar os pais dos alunos interessados na aprendizagem da língua portuguesa.

As seções internacionais são, na minha opinião, decisivas para a afirmação do português em França e os exemplos já existentes assim o comprovam.

Assim, nos termos legais e regimentais aplicáveis, venho através do Sr. Presidente da Assembleia da República, solicitar que o Ministro dos Negócios Estrangeiros responda às seguintes perguntas:

  1. Tem o Governo conhecimento desta situação que pode vir a revelar-se muito negativa para a imagem do ensino do português em França?
  2. Porque razão não foram desencadeadas as iniciativas adequadas à abertura de uma seção internacional nomeadamente na informação junto dos potenciais interessados?
  3. Considerando que o período de inscrições para o próximo ano letivo já está a decorrer e não havendo, até esta data, qualquer campanha de informação junto dos portugueses residentes na área de Estrasburgo, tem consciência o Governo de que o futuro desta seção internacional possa estar comprometido?

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