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Projetos portugueses recebem apoio ibérico

Dois investigadores bolseiros portugueses e dois projetos de investigação científica da Universidade do Porto e de Coimbra foram distinguidos por uma iniciativa ibérica que envolve a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Fundação La Caixa.

Em comunicado, a Fundação La Caixa explica que além do financiamento atribuído a quatro projetos científicos portugueses no âmbito do programa ‘Health Research’, foram também anunciados, numa cerimónia que decorreu em Barcelona, os vencedores do programa ‘CaixaImpulse’ e programa de pós-doutoramento ‘Junior Leader’.

No âmbito do programa ‘CaixaImpulse’, que visa promover a transformação do conhecimento científico em produtos que “geram valor para a sociedade”, foi distinguido o projeto ‘iPLUS’ de Alexandra Moreira do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto e o projeto ‘TimeUp’ de Jimmy Martins da Universidade de Coimbra.

A investigação de Alexandra Moreira, que se debruça sobre o processo de produção de proteínas usado pelas indústrias biofarmacêutica e biotecnológica, mostrou que “a incorporação de uma nova sequência de 28 nucleótidos não codificadora” – apelidada pela investigadora de iPLUS – “aumenta a eficiência” e “reduz os custos de produção”.

Alexandra Moreira espera agora poder aplicar esta “prova de conceito” no processo de produção de proteínas terapêuticas usadas no tratamento de doenças como a diabetes, cancro, hemofilia ou doenças metabólicas.

Por sua vez, a investigação de Jimmy Martins levou ao desenvolvimento de uma tecnologia – o ‘TimeUp’ – que permitirá que qualquer profissional de saúde seja informado sobre as infeções de trato urinário associadas à utilização de cateteres por parte dos pacientes.

O dispositivo, que é acoplado entre o tubo do cateter urinário e a bolsa coletora de urina, vai monitorizar o procedimento e quando “detetar a presença de bactérias” vai mudar de cor, o que permitirá alertar a equipa de saúde e fazer com que “atue imediatamente”, contribuindo para “diminuir as complicações associadas aos dias de hospitalização e o custo por paciente”.

Segundo a Fundação La Caixa, cada um dos projetos do ‘CaixaImpulse’ vai receber “entre 70 a 100 mil euros” de financiamento.

Já no âmbito do programa de pós-doutoramento ‘Junior Leader’, que visa a contratação de investigadores que tencionem fomentar a “investigação inovadora e de alta qualidade”, foram “oficialmente” anunciados dois investigadores portugueses: Ana Falcão do ICVS – Life and Health Sciences Research Institute, da Universidade do Minho e Pedro Sousa-Victor do Instituto de Medicina Molecular (IMM).

O estudo de Ana Falcão visa perceber de que forma pode ser parada a esclerose múltipla, doença neurodegenerativa que afeta cerca de 2.5 milhões de pessoas em todo o mundo.

Já o investigador Pedro Sousa-Victor vai desenvolver um estudo sobre a possibilidade de as células estaminais poderem ser utilizadas na regeneração de órgãos envelhecidos.

Na segunda edição do concurso de projetos de investigação em saúde da Fundação La Caixa, destinado a estudos realizados por equipas científicas portuguesas e espanholas, foram selecionados 22 projetos, de um total de 632 candidaturas.

Destes 22 projetos, oito são portugueses e vão ser financiados em 3,2 milhões de euros para a investigação científica em saúde.

Ao abrigo da Iniciativa Ibérica de Investigação e Inovação Biomédica, a Fundação para a Ciência e Tecnologia compromete-se a igualar o investimento feito pela fundação espanhola em projetos liderados por instituições portuguesas no âmbito do concurso, financiando projetos científicos igualmente considerados excelentes.

A primeira edição da iniciativa, lançada em 2018, apoiou o dobro dos projetos científicos portugueses face a 2019, oito no total, com uma verba de cerca de cinco milhões de euros.

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