Preparou ataque a universidade mas amnistia pode tirá-lo da cadeia
O jovem acusado de planear um ataque à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em fevereiro do ano passado, poderá sair em liberdade, por estar abrangido pelo regime de perdão de penas, criado a propósito da ida do Papa Francisco a Portugal.
Segundo o Observador, João Carreira, que se encontra a cumprir uma pena de dois anos e nove meses de prisão efetiva no Hospital Prisional de Caxias por detenção de arma proibida, beneficiou do perdão de um ano e espera agora pela decisão do Tribunal de Execução de Penas para saber se pode cumprir o que lhe resta da pena, até 19 de novembro, em liberdade condicional.
O jovem, que sofre de autismo, foi detido pela PJ, em fevereiro do ano passado, na posse de facas, uma besta e cocktails molotov, entre outro material perigoso, tendo sido condenado em dezembro a cumprir pena num estabelecimento destinado a inimputáveis.
Apesar de a condenação ser inferior a cinco anos de prisão e admitir, por isso, aplicação de pena suspensa, o tribunal entendeu que “nem a comunidade está preparada para receber o arguido de volta”, nem João Carreira “está pronto para voltar a uma vida fora” da prisão, pelo que a perigosidade do arguido levou o coletivo de juízes a não suspender a pena, tornando-a efetiva.
Segundo o plano desmantelado pela PJ, a ação terrorista estava marcada para 11 de fevereiro de 2022.