Português evita deportação por filho ter sinais de autismo

Mauro Rodrigues, um jovem português de 20 anos a viver no Reino Unido, evitou a deportação depois de apresentar provas de que o seu filho, de dois anos, tem sinais de autismo. O caso foi inicialmente rejeitado por um tribunal de imigração inferior, mas a Câmara de Imigração e Asilo anulou essa decisão, considerando que seria “excessivamente duro” separar o pai da criança.
O jovem recebeu uma ordem de deportação do Ministério do Interior britânico após ter cometido várias infrações de trânsito. O canal britânico GB News reportou que, numa das ocasiões, o jovem ultrapassou os 70 km/h numa zona com limite de 30 km/h, colocando em risco a segurança pública. Além disso, esteve preso por 12 meses num instituto para jovens delinquentes. Poucas semanas após ser libertado, voltou a ser detido por conduzir sem permissão, passando mais nove meses na prisão.
Acrescente-se que o jovem chegou ao Reino Unido com a mãe quando tinha apenas um ano de idade. Jadah Charles-Williams, a mãe da criança, disse que o menino de dois anos estava atualmente esperando para fazer uma avaliação de autismo.
De acordo com o Correio da Manhã, a decisão de revogar a deportação teve por base o bem-estar do filho, que apresenta dificuldades de desenvolvimento e sinais de autismo. O tribunal considerou que a separação do pai teria um impacto demasiado negativo na criança, pelo que Mauro Rodrigues poderá permanecer no Reino Unido.
A decisão levanta questões sobre o equilíbrio entre o cumprimento das regras e a proteção dos direitos das crianças. O caso gerou debate sobre as circunstâncias em que a deportação pode ser anulada em função de fatores familiares.