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Portugal convidado para conferência internacional sobre a Venezuela

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A Colômbia confirmou segunda-feira que convidou Portugal para conferência internacional sobre a Venezuela, promovida pelo Presidente colombiano, Gustavo Petro, destinada a promover o reatamento do diálogo entre o Governo de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana.

O encontro, segundo o Ministério de Relações Exteriores da Colômbia (MREC), reunirá convidados de 20 países, e decorrerá esta terça-feira no Palácio de San Carlos, sede daquele organismo na cidade colombiana de Bogotá, a capital do país.

Num comunicado divulgado na página web, o MREC explica que além de Portugal, da Europa foram também convidados, a Alemanha, Espanha, França, Itália, a Noruega, o Reino Unido e o Alto Representante da União Europeia para Assuntos Exteriores, Josep Borrell.

A Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, os Estados Unidos de América, as Honduras, o México, San Vicente & Granadinas, a África do Sul e a Turquia, são outros países convidados.

“As delegações começaram a chegar à Colômbia, na tarde de segunda-feira, para se reunirem hoje, 25 de Abril, por volta das 11h00 (locais, 17:00 horas em Lisboa) na sede do Ministério de Relações Exteriores. A instalação da reunião, pelo Presidente da República, Gustavo Petro, será transmitida via streaming”, explica.

Em 15 de abril último a Colômbia anunciou que marcou para 25 de abril um encontro internacional promovido pelo Presidente colombiano, Gustavo Petro, para promover o reatamento do diálogo entre o Governo e a oposição venezuelana.

O anúncio foi feito em Nova Iorque, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Colômbia, Álvaro Leyva, durante uma sessão do Conselho de Segurança da ONU, precisando que neste primeiro encontro não está prevista a participação nem do Governo venezuelano nem da oposição.

“Retomámos as relações diplomáticas com a Venezuela e no dia 25 desde mês terá lugar na capital, (…) em Bogotá, uma conferência com países latino-americanos, que inclui os EUA, o Canadá e países europeus, para ver como se pode levar o reatamento dos diálogos políticos que vinham avançando no México, entre os partidos da oposição e o Presidente Maduro”, disse Álvaro Leyva.

Trata-se, disse, “de um gesto de paz total”.

Em 18 de janeiro de 2023, o Governo venezuelano condicionou o reatamento do diálogo com a oposição à devolução dos ativos do país que estão bloqueados no estrangeiro e acusou os EUA de continuarem a ameaçar a Venezuela com novas sanções.

“Se não cumprem com a devolução, ao povo da Venezuela, dos 3,2 mil milhões de dólares que roubaram, que sequestraram e que tínhamos chegado a acordo de que devolveriam, então não há razão para continuar um diálogo com gente que não tem palavra”, disse o chefe da delegação que representa o Governo na mesa de diálogo com a oposição, Jorge Rodríguez, durante uma sessão da Assembleia Nacional, onde o chavismo detém a maioria.

Em 04 de dezembro, a opositora Plataforma Unitária Democrática (PUD) da Venezuela acusou o Governo de procurar “sair dos acordos” negociados no México.

“Queremos denunciar que o regime ativou uma série de ações que procuram sair dos acordos”, afirmou a oposição em comunicado, frisando que pretende “continuar as negociações sobre questões políticas” e conseguir a libertação de “presos políticos”, além do regresso de “milhões de famílias e exilados” à Venezuela.

Em 25 de novembro de 2022, o Governo e a oposição da Venezuela assinaram, no México, um segundo acordo parcial em matéria de proteção social.

O acordo, que visa desbloquear recursos para ajudar as populações mais vulneráveis, determina que Governo e oposição terão de cooperar em despesas humanitárias, como o pagamento de projetos de assistência médica ou a reparação de redes elétricas.

Segundo o chefe da delegação da oposição, Gerardo Blyde, os recursos seriam canalizados através de um fundo fiduciário que seria desenhado e executado pela ONU.

Em 31 de novembro, Nicolás Maduro pediu o desbloqueio dos recursos do país que estão congelados no estrangeiro e “eleições livres de sanções internacionais”.

Washington respondeu que vai manter intacta a política de sanções até que sejam dados passos concretos para o “regresso da democracia” à Venezuela.

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