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Polónia ainda votava às duas da manhã. E governo deverá mudar

O líder do partido Lei e Justiça (PiS), no poder há oito anos na Polónia, reconheceu que os resultados nas legislativas disputadas este domingo não deverão permitir a formação de governo, apesar da vitória nas urnas.

“É a nossa quarta vitória numa eleição parlamentar e a terceira consecutiva. É um grande sucesso para o nosso partido e para o nosso projeto para a Polónia”, declarou Jaroslaw Kaczyński logo após fecho das urnas, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), e quando foram conhecidas as primeiras projeções da votação, que dão maioria parlamentar à oposição. Aliás, as urnas não fecharam em muitos locais dada a grande afluência.

Às 2 da manhã de segunda-feira ainda havia assembleias de voto onde eleitores esperavam para exercer o seu direito, com cafés na mão, a comer pizzas que iam chegando através de entregadores, os polacos afluiram às urnas como nunca, sendo a participação estimada superior a 70%.

“A questão que permanece é se este sucesso se refletirá num novo governo nosso e ainda não sabemos, mas devemos ter esperança e saber que, quer estejamos no poder ou na oposição, defenderemos este projeto de qualquer forma que quisermos”, proclamou o dirigente histórico dos conservadores populistas, acrescentando que o seu partido não permitirá “traições à Polónia, nem que a Polónia perca o que há de mais valioso na nação, a sua independência”.

No X (antigo Twitter), o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, escreveu que o “Lei e Justiça é o vencedor das eleições parlamentares de 2023”, ao mesmo tempo que o líder do seu partido admitia que poderá ter de abdicar do poder e que o líder da oposição, Donald Tusk, reclamava vitória.

A sondagem à boca das urnas, divulgada pela tvn24 e preparada pela Ipsos, dá ao PiS 36,8% e 200 dos 460 assentos no parlamento polaco, seguido pelos liberais da Coligação Cívica (KO), de Tusk, com 31,6% e 163 lugares.

Atrás estão a Terceira Via (conservadores), com 13% e 55 lugares, e o Lewica (Esquerda), com 8,6% e 30 mandatos, o que significa que estas forças, aliadas à KO, conseguem maioria no parlamento.

Os ultranacionalistas radicais da Confederação (extrema-direita), que poderiam viabilizar um executivo do PiS, não deverão ir além dos 6,2% e de 12 lugares.

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