Poetas e literatos somos todos nós
Na nossa cidade de S. Pedro do Sul
Do sol, das Termas de nossos avós
Aqui passam os rios Vouga e rio Sul.
A poesia vou registá-la aqui na Conservatória
há tanto lugar para eu colocar a nossa poesia.
Já sei, vou colocá-la nas escolas e no auditório
para que os alunos a possam ler ao meio dia.
Vou expô-la no Restaurante São José,
oferecê-la aos doentes no Centro de Saúde
ela é bálsamo, um remédio é o que ela é.
Vou mostrá-la ao António Oliveira no pedestal
para que veja que há poesia sem rima
e que ser poeta é ter arte em Portugal.
Vou mostrá-la aos jovens na Escola Secundária
para declamarem meus poemas nos recreios
dando à poesia, as palavras que excitam, reabilitam
espantam, amedrontam, realizam muitos anseios.
Pois quem pouco lê, mal fala, mal ouve, mal vê.
Ele há tanto lugar onde possa colocar a poesia,
Como no tribunal, e vou registá-la na Conservatória
Para que a doutora Noémia a possa lêr cada dia.
Os discursos voam, mas a poesia essa fica
por que nos permeia, e nos rodeiam de emoções,
que se realizam, electrizam e eternizam
dentro de mim e no nosso Lafões.
Mas quem pouco lê, mal fala, mal ouve, mal vê….
José Valgode