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Poesia aberta

Minha poesia está aberta e é independente
Como poeta e escritor venho fazer um anúncio,
Compro jovens domesticados, chatos e com bom dente,
Instruo pulgas de cadelas piolhosas com verrugas pegadas.

Passo diplomas ao domingo e nas férias de verão,
Aceito poetas sem documentação, sou um humanista,
Meu objectivo é formar poetas á prova de canhão .

Colecciono compro esfregões e cafeteiras e penicos
Saiotes coleiras com gravatas, picos e latas;
Como a vida está cara, aproveito o mel e os manjericos,
E ponho a ministrar, tanto moçoilas, macacos e macacas.

Minha poesia é independente e está aberta
Não a subornos de ronca, porcos, nem a galináceos.

Passo diplomas a poetas tacanhos de meia tigela
Espiões caseiros, gordos, e lateiros particulares
Com aptidões pessoais pró “ad-hoc” com testa de gamela,
Bom discursante, que fale á malta depois dos jantares.

Minha poesia, está aberta a estômagos pouco dilatados
Por favor escreva já, não levo em conta gralhas e burratoes,
Odeio a iliteracia e sou amigo de cães e gatos.

José Valgode

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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