De que está à procura ?

Colunistas

Poemas navegam

Os poemas escritos navegam ao sol
Nos barcos de papel e encalham na lagosta
A cerveja a copo rega uma sardinhada,
O taverneiro frita marisco que gosta.

Um sonho rasgado, um sono cortado,
Um silencio mil vezes abençoado.
Uma carta rasgada, uma folha virada
Porque senhor? Por tudo e por nada…

Uma porta fechada, uma luz esbranquiçada,
Nao tenho dinheiro ponha a cerveja na conta
Oh! O custo da vida nas horas de ponta…
Um sono macio, um sol quase peregrino.

Um arfar de peito, um homem nao sujeito
Tanta burocracia. Um governante foi apagado,
Um cão escorraçado. Um penico na berma
Ao canto um lençol branco manchado e rasgado.

A poesia mastiga e o senhor porque nos castiga,
A cozinheira atrasou o banquete dos condenados
E as meninas cantam mais uma moda à cantiga
E poemas navegam em mares desnorteados!

José Valgode

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA