Pedro Nuno Santos: Paulo Pisco saiu por haver candidatos residentes na diáspora

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, quando questionado sobre a decisão de mudar os dois cabeças de lista pelos círculos da emigração, Europa e Fora da Europa, explicou que a decisão foi tomada por haver “candidatos residentes na diáspora”.
Pedro Nuno Santos falou aos jornalistas à saída da sede do PS, em Lisboa, na madrugada de quinta-feira, no final da reunião da Comissão Política Nacional do partido, que aprovou, com 92% dos votos a favor, todas as listas de candidatos a deputados às legislativas antecipadas.
Paulo Pisco, que foi candidato em várias eleições pelo círculo da Europa, foi substituído por Emília Ribeiro.
A saída de Paulo Pisco foi, segundo informações adiantadas à Lusa, referida pelo antigo candidato a líder do PS, José Luís Carneiro, na sua intervenção dentro da comissão política. Carneiro lembrou o trabalho do ainda deputado que já “permitiu duas maiorias absolutas na Europa”, bem como o que desenvolveu no Conselho da Europa e na coordenação da Comissão dos Negócios Estrangeiros, pedindo uma saudação aos presentes por este percurso.
A lista pela Europa é encabeçada por Emília Ribeiro, conselheira das comunidades e autarca em França. Em segundo lugar da lista socialista encontra-se Ana Maria Pica, da Suíça. Os suplentes são Tiago Corais, residente no Reino Unido e colunista regular do BOM DIA, e Carlos Pereira, português residente em Estugarda, na Alemanha.
Recorde-se que o PS já teve uma eleita emigrante na Europa: Nathalie de Oliveira, autarca no leste de França, foi deputada dos socialistas na legislatura anterior.
Para Pedro Nuno Santos, as dificuldades no processo de elaboração de listas em alguns distritos “é normal”, mas considerou que “foi uma boa reunião, com uma votação muito esmagadora”.
Sobre o processo de elaboração das listas, o presidente do PS admitiu que este é processo de “organização complexa”.
“Eu ficaria desagradavelmente surpreendido se, no debate que precede a aprovação de listas, não houvesse divergências de opinião em relação a quem deve estar mais à frente ou mais atrás numa lista ou na presença mais numerosa ou menos numerosa de homens, de mulheres ou de jovens”, afirmou, destacando uma “renovação muito importante” nestas listas em que são novos mais de metade dos cabeças de lista.