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Partida

Alteraram-me o destino
enganaram-me no caminho
arrancaram-me do peito
o amor e o respeito.

Passou-me outro comboio pela frente
encheu-se desta gente
de destino pré-marcado
na vã ilusão que vai para algum lado.

Quero fugir daqui
quero fugir de mim
quero perder-me por aí
e ao mesmo tempo
tremo na hesitação de um momento
e já não sei se fique ou se vá
e olvide os meus medos por lá
noutra paisagem perdida
inventar-me uma nova vida.

Para que terra me desterra
este destino sem tino, este fado desalmado?

O meu bilhete não indica nada
fico-me ferida e abandonada
perco-me neste gare vazia
aperto o casaco que a noite vem fria.

JLC1991 (do Livro “Poesias de Daniela d’Ávila”)

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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