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Papa Francisco celebra 10 anos de pontificado em tempo de guerra

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O Papa assinala esta segunda-feira o 10.º aniversário de pontificado, num contexto marcado pelo que já qualificou como “terceira guerra mundial”, com preocupação particular pela Ucrânia.

A violência no leste da Europa marcou dezenas de intervenções de Francisco, desde 24 de fevereiro de 2022, quando começou a invasão da Rússia, levando-o mesmo a chorar, em público, ao recordar as vítimas da guerra, durante uma homenagem à Imaculada Conceição, no centro de Roma.

O Papa, que pondera uma visita a Kiev e Moscovo, adiada até agora, escreveu uma carta ao povo da Ucrânia, e já abriu as portas do Vaticano para eventuais negociações.

A 25 de março de 2022, o Papa uniu Fátima e o Vaticano num dia histórico, marcado pela consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria.

A oração pela paz foi presidida na Cova da Iria por um representante pontifício, o cardeal Konrad Krajewski e, na Basílica de São Pedro, pelo próprio Francisco.

Internamente, o Papa assumiu, numa entrevista a Elisabetta Piqué, repórter do jornal argentino “La Nación”, que quer dar um “lugar a todos”, dentro da Igreja, objetivo que tem orientado o projeto do Sínodo 2021-2024, iniciado com uma inédita consulta global.

A poucos meses do primeiro encontro mundial da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, Francisco aponta à continuidade da linha traçada pelo Concílio Vaticano II (1962-1965).

“Uma palavra-chave de Jesus é ‘todos’. Para mim, esta é a chave da abertura pastoral. Tudo dentro de casa. É um alvoroço, mas todos dentro de casa”, insistiu, desvalorizando eventuais “resistências” a este processo.

“Qualquer pessoa que participe de um Sínodo tem direito a voto. Seja homem ou mulher. Todos, todos. A palavra ‘todos’ é fundamental para mim”, adiantou também.

No ano em que a Igreja se despediu de Bento XVI, seu predecessor, falecido a 31 de dezembro de 2022, o Papa deu continuidade à reforma do Vaticano e da sua própria Diocese de Roma, além de manter a atenção centrada em dois temas fundamentais do pontificado: a luta contra os abusos sexuais e a crise dos refugiados no Mediterrâneo.

A 13 de março de 2022, o Papa promulgou a nova constituição ‘Praedicate evangelium’ (Pregai o Evangelho), que propõe uma Cúria mais atenta à vida da Igreja Católica no mundo e à sociedade, com maior protagonismo para os leigos e leigas.

Entre as novas lideranças, destaca-se a escolha do cardeal português D. José Tolentino Mendonça como prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação.

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