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Pandemia parou as associações portuguesas em França

A Coordenação das Coletividades Portuguesas em França levou a cabo um inquérito com as associações portuguesas em França e verificou que a maior parte não teve qualquer atividade durante a pandemia, com muitas a darem conta de uma diminuição de sócios. 

“Este inquérito mostra que a pandemia paralisou um certo número de associações e mostrou que algumas de entre elas souberam responder inventando novos meios de comunicação com os seus associados, particularmente em tudo que tem a ver com videoconferência”, afirmou Marie-Hélène Euvrard, presidente da Coordenação das Coletividades Portuguesas em França (CCPF), em declarações à agência Lusa.

Os resultados deste inquérito enviado a centenas de associações portuguesas em França que trabalham nos setores culturais, desportivos e sociais foram conhecidos este sábado numa apresentação na Casa de Portugal, em Paris, durante o 17.º Encontro Nacional das Associações Portuguesas em França.

A diminuição da atividade das associações portuguesas em França já tinha sido constatada pelo Consulado-Geral de Portugal em Paris que levou recentemente a cabo um novo recenseamento destas organizações em França.

“O levantamento que nós fizemos, bastante sistemático, das cerca de 500 associações que constavam das nossas listas e ficámos com 262 associações que consideramos as associações ativas”, declarou Carlos Oliveira, cônsul-geral de Paris, durante este encontro.

Cerca de 20% das associações que responderam ao inquérito da CCPF disseram ter conseguido reinventar-se e mantiveram as atividades mesmo durante a pandemia. Cerca de 35% pedem mais ajuda para formação, assim como mais ajuda também para concorrer aos subsídios da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas.

Durante o encontro de sábado de manhã, em que estiveram presentes dirigentes de dezenas de associações portuguesas e de países lusófonos de diferentes cidades francesas, fez-se também uma apreciação da importância do movimento associativo para as comunidades.

“Há uma riqueza em França no meio associativo. É impressionante a ligação local que as associações conseguem ter, os dirigentes associativos, mesmo das associações que só têm um bar, tratam o presidente da Câmara por tu, conhecem-nos e são viveiros onde os autarcas vão buscar candidatos. Há uma ligação enormíssima a preservar e deve cultivada”, disse Carlos Pereira, diretor do Lusojornal.

A jornada de encontro entre associações inclui também um debate sobre o papel da mulher nas comunidades lusófonas, com a participação Idalina Fernandes, da associação franco-são-tomense Ilhas do Chocolate, Odile Roche, da associação franco-cabo-verdiana CHEDA e Emmanuelle Afonso, da associação portuguesa Observatório dos Lusodescendentes.

Este encontro serve também para preparar as próximas atividades da CCPF, com Marie-Hélène Euvrard a planear formações em setembro sobre a utilização das redes sociais para os dirigentes associativos, assim como mais formação para candidaturas bem-sucedidas aos apoios da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas.

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