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Palavras

Chegaram devagar na brisa morna do entardecer,
Chegaram simples, imaturas, traziam com elas a frescura das manhãs de
primavera, o mágico timbrado dos sinos no alto da igreja, tocando as
aves Marias matinais.
Falavam de saudade, de ternura, falavam de memórias e de segredos guardados.
Foram longos os caminhos!
Foram a nascente de um rio de histórias antigas , de amores
inacabados, de coragens vencidas.
Foram a alma e a cor a transbordar poesia, a coragem de quebrar
barreiras e medos.
Foram um silencioso canto a gritar a solidão das ausências, das perdas
e do exílio.
Ergueram – se devagar do mais profundo abismo, aninharam -se no útero
fecundo e acolhedor do poeta.

De onde jorrava a fonte das palavras ?
Jorravam dessa inquietude imensa de descrever o invisível, o
intocável, o absoluto!
Nasciam dessa vontade imensa de criar beleza em terrenos férteis de
desalento e desencanto.
Fizeram caminho e caminhada, nascente, rio e enseada.
Fizeram -se mundo, distancias, presença iluminada
Transfiguraram os silêncios numa voz lírica!
Sede de saber, saciada!

 

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