O discurso do presidente da República constituiu uma interpretação do tempo social e político que augura a manutenção da cooperação institucional estratégica entre todos os órgãos de soberania e ilustra confiança na capacidade dos portugueses para vencer mais esta crise.
Ontem, hoje e amanhã. Independentemente dos ciclos eleitorais. Porque, como afirmado, o mais importante é acreditar na democracia como o sistema político que melhor permite aos cidadãos participar nas escolhas públicas que têm em vista vencer as dificuldades e abrir oportunidades.
Foi possível ouvir das duas mais importantes figuras do Estado, presidente da Assembleia da República e presidente da República, o renovado compromisso com a essência da pátria: as pessoas. Entre elas, as que se encontram com maiores fragilidades. Senti os valores de Abril.
A palavra do presidente permitiu uma lúcida interpretação do tempo político que vem da anterior legislatura e que nos inspirará nos próximos cinco anos. Tínhamos conseguido vencer uma crise financeira, económica e social. Solucionado um sério problema bancário. Mantivemos os compromissos internacionais e convergimos economicamente com a União. O nosso prestígio nas instâncias internacionais alcançou níveis nunca dantes testados em democracia.
Iniciámos um ciclo de combate à pobreza e às desigualdades e propusemo-nos alcançar metas ambiciosas no combate às alterações climáticas e na transição digital. Ambicionamos cuidar da competitividade das nossas empresas, sem descuidar a coesão.
Surgiu a pandemia, que implicou hercúlea exigência às pessoas e às instituições. Só mesmo a cooperação estratégica franca e leal permitiu e permitirá reconstruir a vida das pessoas. Com proximidade, simplicidade e honestidade no exercício das funções. De olhos nas pessoas.
José Luís Carneiro