
Terá sido noutro tempo, noutra vida. Sementes lançadas à terra
Numa primavera distante. Mulher/menina a semear os frutos do devir!
Terão os deuses do Olimpo escrito nas cartas do destino a epopeia da distância.
Então a menina, teceu dia a dia a manta da esperança.
Fez e desfez os nós do desencanto.
Secaram- se os olhos na urdidura da espera.
Menina de olhar sonhador!
O tempo esculpiu no corpo das mulheres as batalhas de uma vida. Os naufrágios dos homens!
Um dia, Itaca torna- se mais próxima.
Será que regressa? Ao sonho de criança. À essência de mulher.
Aos abraços tantas vezes desejados na longas noites de insónia?
São Gonçalves