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O que sabemos sobre o coronavírus?

O surto de um novo coronavírus surgido na China e que provoca pneumonias virais tornou-se uma epidemia que alastrou a vários países, embora seja em território chinês que se concentra a grande maioria dos casos.

Trata-se de uma larga família de vírus que vivem noutros animais (por exemplo, aves, morcegos, pequenos mamíferos) e que no ser humano normalmente causam doenças respiratórias, desde uma comum constipação até a casos mais graves, como pneumonias. Os coronavírus podem transmitir-se entre animais e pessoas. A maioria das estirpes de coronavírus circulam entre animais e não chegam sequer a infetar seres humanos. Aliás, até agora, apenas seis estirpes de coronavírus entre os milhares existentes é que passaram a barreira das espécies e atingiram pessoas.

Os animais são a fonte primária de transmissão, mas já está confirmada a transmissão entre seres humanos. Ainda não há informação suficiente sobre as formas exatas de transmissão entre humanos. O vírus parece ser transmitido por via respiratória, através da tosse ou secreções de pessoas infetadas.

O período de incubação está estimado entre dois a 12 dias, podendo ir até 14 dias. Há indicação de que pode haver transmissão do vírus mesmo antes de os sintomas se manifestarem.

Os principais sintomas são respiratórios e podem ser comuns ou semelhantes a uma gripe: febre, tosse, dificuldade respiratória, dores musculares e cansaço. Há doentes que desenvolvem pneumonia viral e até septicemia.

Pessoas de todas as idades podem ser afetadas pelo coronavírus. Contudo, pessoas mais velhas ou com doenças crónicas (como asma ou diabetes) parecem ser mais vulneráveis a ter doença grave quando infetadas. As autoridades destacam contudo que não há ainda informações suficientes para definir as pessoas atacadas de modo mais severo.

Não há tratamento específico para este novo coronavírus, por isso têm sido tratados os sintomas, através de tratamento de suporte (como oxigénio) e antivirais existentes no mercado, mas não específicos. Não há também ainda vacina específica e as vacinas atualmente disponíveis contra as pneumonias não protegem deste coronavírus.

A prevenção passa essencialmente por medidas de higiene e etiqueta respiratória: lavagem frequente das mãos, evitar contacto próximo com pessoas com febre ou tosse e ao tossir ou espirrar fazê-lo não para as mãos, mas antes para o cotovelo ou antebraço ou para um lenço que deve ser de imediato descartado.

Deve ainda evitar-se contacto direto com animais vivos em mercados ou áreas afetadas por surtos e o consumo de produtos de animais crus, sobretudo carne e ovos.

As máscaras de proteção ajudam a prevenir a disseminação de infeções e ajudam a proteger quem está doente. Mas o uso de máscaras não parece ser eficiente para quem não está doente.

Os casos de doença reportados fora da China são considerados ainda esporádicos pelas autoridades de saúde. O risco de ser infetado nos restantes países asiáticos é ainda baixo. A OMS não estabeleceu também restrições nas viagens para a China.

As autoridades de saúde indicam que é seguro receber encomendas e cartas vindas da China, porque as análises feitas demonstram que o coronavírus não sobrevive muito tempo em objetos como envelopes ou pacotes.

O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) destaca ainda que não há também evidências de contaminação de produtos alimentares importados para a União Europeia, nem casos reportados de transmissão do novo coronavírus através dos alimentos.

Contudo, há restrições e controlo à importação de animais vivos.

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