O que mais me intriga na “Última Ceia”, obra de Leonardo Da Vinci, é o facto de os comensais estarem todos do mesmo lado da mesa. Se fosse uma conferência e todos conferencistas, poderiam estar assim, mas não me parece, nem estão a olhar para o pintor, como nas fotografias.
Sendo assim, e não de tratando de um Banquete Ritualístico, trata-se de um completo desperdício de espaço na mesa, e impedindo maior convívio. Ou seja, a mesa da última ceia levaria à vontade vinte e quatro comensais e só lá estão treze. Portanto, se eu fosse dono do tabernáculo, Jesus e os seus apóstolos teriam problemas.
O facto de eu estar a escrever isto, é motivado qualquer Sábado de Setembro ou Outubro, pode ser para mim a última ceia pois no domingo morro. Certo que morro depois de jantar, mas não é a mesma coisa, tanto mais que sou levado a meio da refeição para os calabouços.
Jesus morreu numa sexta-feira e ressuscitou no Domingo e só fez esse milagre uma vez. Ao contrário, eu sou muito mais rápido porque a morte e a ressurreição são no mesmo dia, e já ressuscitei mais de dez vezes.
Eu devia era ser apadrinhado pela Santinha da Ladeira e viver à custa dos fiéis e dos milagres.
Pedro Guimarães