As Perturbações de Ansiedade, muito frequentes na nossa sociedade (35% em amostras comunitárias e 60% em cardiologia), caracterizam-se por ataques de pânico – uma intensa apreensão, medo ou terror de início súbito e sensação de catástrofe iminente com alguns destes sintomas:
- palpitações
- suores
- tremores
- dificuldade em respirar
- sensação de sufoco
- desconforto/dor no peito
- náuseas/mal-estar abdominal
- tonturas/sensação de cabeça oca
- desrealização/despersonalização
- medo de perder o controle/enlouquecer
- medo de morrer
- dormências
- sensação de frio/calor
Entre as Perturbações de Ansiedade temos:
- a Fobia Social (ataques de pânico situacionais)
- a Fobia Específica (ataques de pânico situacionais)
- a Perturbação de Ansiedade Generalizada (ataques de pânico situacionalmente predispostos)
- a Perturbação de Pânico (ataques de pânico inesperados)
A Perturbação de Pânico, por sua vez, dividem-se consoante a sua relação com a Agorafobia – ansiedade ou evitamento de locais/situações cuja fuga possa ser difícil/embaraçosa ou de difícil ajuda:
- Perturbação de Pânico sem Agorafobia
- Perturbação de Pânico com Agorafobia
- Agorafobia sem Perturbação de Pânico
Apesar da possibilidade de alguma predisposição genética, a protecção/controlo/preocupação/exagero familiar em excesso pode promover um nível de stress que conduz a um nível de ansiedade desencadeador da Perturbação de Pânico.
O psicólogo pode ajudar a pessoa com a Perturbação de Pânico pela dessensibilização, trabalhando quer ao nível cognitivo (compreender as sensações físicas) quer ao nível comportamental (encorajar a exposição às situações/actividades de evitamento).
O psiquiatra pode ajudar a pessoa com a Perturbação de Pânico com medicação anti-depressiva.