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O “Pequeno Guerreiro”

No decurso das celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas de 2021 fiz absoluta questão de convidar um miúdo de quem gosto muito, assim como a sua jovem Mãe, por quem tenho grande respeito, para partilharem com todos os que nos viam o significado do Dia, assim como memórias passadas e vidas presentes no Luxemburgo.

O meu pequeno amigo, rapaz vivo, esperto, observador e sempre com um sorriso na cara, a quem eu vaticino um grande futuro, quando perguntado quem era para ele o seu Avô comoveu-se de forma inesperada, revelando não ter medo de chorar, o seu afeto generoso, o seu indefetível amor, a sua humildade e a verticalidade do seu carácter, fazendo jus ao provérbio de que “quem sai aos seus não degenera”.

O seu Avô, um homem maior de Portugal, que tudo sacrificou para nos trazer a Democracia na madrugada de 25 de Abril de 1974, era para ele um “guerreiro”. Para mim, que tinha 14 anos na altura e vi a sua acção destemida no Largo do Carmo, foi efetivamente um guerreiro, mas também um diplomata, pois conseguiu evitar que se derramasse sangue entre portugueses. Regressou a Santarém com a humildade que se lhe reconhecia, sem esperar louvores ou benesses.

E a sua Filha, que tudo é capaz de fazer com grande entrega, como posso testemunhar, assim como o seu Neto, o “Pequeno Guerreiro”, são duas figuras ímpares e minhas amigas entre muitas outras da comunidade portuguesa no Luxemburgo.

Continua como és, “Pequeno Guerreiro”, pois serás grande como o teu Avô!

António Gamito

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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