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Nova Direita: é preciso reverter a emigração em massa

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Pedro Godinho, cabeça de lista da Nova Direita pelo Círculo da Europa, mostrou-se, no debate que o BOM DIA organizou com os partidos que concorrem às legislativas de março, contra o voto eletrónico, a favor do Programa Regressar e de mais deputados pela diáspora portuguesa.

O cabeça de lista da Nova Direita (ND) pela Europa começou por explicar que este novo partido à direita tem como propósito fazer de fiel da balança entre a Aliança Democrática e o Chega, uma vez que o entendimento entre estes dois partidos parece-lhe muito complicado, mesmo “sabendo que depois das eleições os discursos vão mudar”. Deste forma, o partido pretende mediar “de forma eficaz” tanto o lado de Luís Montenegro como o de André Ventura, para que “Portugal possa ter um governo de direita que seja uma verdadeira alternativa aos últimos quase nove anos de governo do Partido Socialista (PS), que ao contrário do que têm dito, não puseram Portugal melhor em termos de convergência com a Europa”, explica o candidato.

No caso de ser eleito, Pedro Godinho promoveria como primeira medida na Assembleia da República a extensão da licença de maternidade dos atuais seis meses para 24 repartidos opcionalmente entre o pai e a mãe.

Relativamente à política para as comunidades, o candidato a deputado pela emigração europeia referiu que a Nova Direita considera “essencial recuperar os portugueses que estiveram em Portugal e que saíram, bem como que os seus filhos e netos sintam ainda a ligação a Portugal”. “É preciso voltarem para o país porque faz falta à nação que todos os seus filhos lá estejam, que possam lá viver e fazer as suas vidas, nomeadamente ter lá famílias, trabalhar e produzir valor, que é essencial para todos”.

A Nova Direita defende o aprofundamento do Programa Regressar, programa que considera “uma das poucas boas ideias do PS nos últimos anos”, no entanto, “teve de facto um bom começo, foi um bom pronúncio, mas infelizmente não foi tão longe quanto a ND queria”.

“Neste momento apesar de estar lá escrito que também é um programa que se aplica aos descendentes dos emigrantes, depois em termos de elegibilidades, os descendentes não são elegíveis tal como foi escrito na lei do orçamento de estado para 2019 e foi confirmado na lei do orçamento de estado para 2023”, reitera o candidato a deputado. Portanto, a Nova Direita propõe que se alargue aos descendentes dos emigrantes esse direito.

No âmbito da língua portuguesa, o candidato expressou-se contra a propina do ensino de português no estrangeiro.

Algumas das propostas do partido passam por “reformar o sistema político, avançando para um modelo mais presidencial ao estilo francês, estabelecendo uma câmara alta do parlamento que assegure uma representatividade regional que é coisa que não se tem hoje em dia apesar de se ter os círculos eleitorais, os deputados não são eleitos para representar a sua região e isso está em falta no sistema político”.

A Nova Direita propõe, entre outras medidas, “racionalizar a emigração e criar condições para reverter a emigração em massa, uma vez que Portugal é um dos povos de todo o mundo que tem uma parte maior da sua população a viver fora do seu país e isso é até triste para quem é patriota como a Nova Direita”. Tenciona “lutar contra o divisionismo social, que foi criado e está cada vez mais a ser piorado pela cultura ‘woke’, por ideologias de género e querem promover a cultura portuguesa de forma verdadeiramente inclusiva”.

Pedro Godinho termina a sua intervenção colocando uma questão ao PS: “porque é que após apresentar o Programa Regressar o PS em janeiro anunciou que vai reverter as medidas?”. O candidato gostaria de entender o porquê de restringir o acesso em vez de o alargar.

Pedro Godinho falava num de dois debates que o BOM DIA organizou e para os quais convidou os cabeças de lista pelo Círculo da Europa. 

Veja aqui o debate com CDU, RIR, ADN, Nós Cidadãos, AD, Bloco e Iniciativa Liberal:

Veja aqui o debate com Ergue-te, PS, Chega, Nova Direita, Volt e Livre (MPT.A, JPP, PCTP/MRPP e PAN foram convidados, mas não participaram):

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