Sim, sim! Nós somos contemporâneos.
Mas é por todo mundo! Isto não é nada positivo.
Em tempo escrevi um artigo sobre isso num jornal brasileiro. E na verdade não é só aqui, nem também só no Brasil. Enfrentamos tempos difíceis. Vamos virar escravos de nós mesmos. Vamos enfrentar um tempo em que a própria tecnologia nos vai ultrapassar. Nos dominará. Aliás, já hoje se passa isso. Há diferentes interpretações até de leis, por exemplo.
Creio, sem eufemismo, mas paradoxo: entravamos num tema que despoletava exactamente uma longa conversa dessas mesmo que falávamos. Na rua, a beber café… Sei lá. Em todo o lado menos na internet.
Num jantar… sei lá… tanta, tanta coisa e em todo o lado. Nunca se escreveu ou leu tanto como agora, mas nunca nos desentendemos tanto, tanto quanto agora.
Em cada um dos mortais está um jornalista em potência. Chega-se a registar, mesmo em moldes pictóricos, a própria morte, a própria fatalidade: o acidente ou incidente de que se está a protaganizar…
Filma-se, regista-se um acidente ou incidente, na vez de socorrer.
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)