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Nobel em folha

© DR

Prémio Nobel limpinho sem qualquer ignorância 
Não existe ninguém que ignore tanta sabedoria
Isso é bom. Mas não termina com a indecência 
Que todos vimos neste mundo a cada dia!

Prémio Nobel em folha num campo cheio de pesquisas
Escreve por vezes tretas em campos imaginários
Não ordinários, mas com pesquisa em corpos e artérias 
De sangue quase coagulado da ciência.

Descrevendo a nervura de um corpo já pendente
Se tropeça, cai no fosso já infeccionado 
Sem tirar o chapéu de coco já amarrotado 
De quem escreve muito para toda a gente .

Mas já ninguém lê nas páginas da castidade
Onde o pudor hoje já foi uma coisa do passado 
E tal pudor já nem se fala entre a mocidade 
E o moralista hoje será logo posto de lado.

São aos molhos os cientistas e suas literaturas 
Mas até ganham concursos de palavras com vaidade
E usam muito batom para encobrirem as rugas 
Que os espelhos opacos refletem na realidade.

José Valgode

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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