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Minha mãe parira mais um menino

Minha mãe, depois de parir oito filhos, achou que faltava eu.
O meu pai esteve de acordo.
Fizeram-me à sua semelhança e graça.
Acharam que a prole não estava completa e havia de vir eu,
o pimpolho, o centro de atenção de todos.
Nasci faz hoje sei lá quantos anos que para viver tenho.
Estão os meus muito queridos e muitos saudosos pais de parabéns.
Pois melhor ou pior fui eu quem nasceu. Talvez
houvesse o sentimento e até a responsabilidade
que por cá ficaria a fazer falta.
E fizeram-me mesmo. Talvez um futuro mais preenchido,
mais puro, eu viesse participar
e faço falta.
Mais promissor estaria certamente traçado por um “destino”.
Mas não calhou assim. Não sou bem quem minha mãe teve
mas sou seguramente quem mais a ama e menos a esquece…
Ao pai deixo cordilheiras de ternos beijinhos, cá por coisas. Vivemos aqui
na terra, juntos, poucos anos.
Mário Adão Magalhães, 016/05/04  01, 03h
Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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