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Meu QUERIDO empresário português!

Os tempos não estão nada fáceis para Portugal, para os seus habitantes e empresários. Por exemplo, as exportações praticamente não existem porque as fronteiras vão abrindo muito paulatinamente, e os nossos melhores clientes estão em graves dificuldades com o COVID-19. A previsão do Banco de Portugal é uma queda a rondar os 25,5% no final do ano, a recuperação projetada é mais lenta do que a observada em consequência das recessões de outros tempos, o que reflete as tensões comerciais existentes e, sobretudo, o comportamento das exportações de turismo”. Segundo a mesma instituição, as exportações deverão recuperar em 11,5% em 2021 e 11,2% em 2022.

No mês de abril, houve uma quebra enorme em Portugal no setor hoteleiro e alojamento turístico. Segundo dados do INE – Instituto Nacional de Estatísticas, que divulgou há poucos dias, registaram-se 60,1 mil hóspedes e 175,5 mil dormidas, o que resultou num total em percentagem de 97,4%. Em março tinha sido de 62,5% e no mês de maio não deve ter estado muito melhor (ainda não existem percentuais de hospedagem).

Estes números são um indicativo forte da paralisação quase total de muitos setores em Portugal por causa da pandemia global. O Banco de Portugal prevê uma recessão económica de 9,5% em 2020 e uma recuperação de 5,2% em 2021 e 3,8% em 2022 (as projeções atuais apontam para uma redução do PIB – Produto Interno Bruto). Tudo isto foi um impacto negativo pelo problema sanitário no primeiro semestre do ano, segundo o Boletim Económico do Banco de Portugal.

Se tudo correr como o previsto no segundo trimestre do ano, daqui em diante, existirá uma recuperação mais acentuada em 2021, caracterizando-se de acordo com o Banco de Portugal, “por uma retoma mais célere do investimento – assumindo que as medidas de política adotadas limitam o impacto da crise sobre o tecido empresarial e que o investimento público se mantém relativamente dinâmico”.

Quais são os próximos passos para os empresários das PME? Dar passos seguros, não arriscar muito e medir cada passo que se der. O segredo está na métrica dos nossos atos empresariais.

Os empresários têm de ser ainda mais resilientes e demonstrarem uma maior força de vontade e sacrifício. Pessoalmente aconselho realizar para a sua empresa de produtos e ou serviços, um Plano de Marketing para descobrir novos mercados, com possibilidades de maior êxito. Aproveitar este Plano para realizar vários futuros cenários empresariais, analisar fornecedores, a gestão da cadeia de fornecedores, ter melhores e mais assertivas tecnologias de comunicação, com conteúdo mais apelativo para os seus nichos de mercado. Por último, uma boa relação entre a equipa para compreenderem que todos devemos remar para o mesmo lado, com compromisso entre todos.

Vamos todos sair desta crise com trabalho e muita inteligência.

Liz Silva

 

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