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Mensagem de Ano Novo

Caros Compatriotas,

Agora que 2020 termina, é altura de fazer um breve balanço e olhar para o futuro. 2020 foi um ano muito difícil para todos, como ninguém alguma vez pensou viver por causa de uma pandemia que atingiu o nosso país, o mundo inteiro e, por isso, também as Comunidades Portuguesas.

Manifesto, por isso, a minha solidariedade para com todos os que foram vítimas do covid-19, os que perderam familiares e amigos, os que tiveram de ser internados, os que perderam empregos ou tiveram de fechar a sua empresa, os que perderam rendimentos ou pura e simplesmente tiveram de ficar confinados em casa, atingidos ou não pelo vírus.

A minha solidariedade com os muitos médicos, enfermeiros e auxiliares que trabalham em hospitais e instituições de saúde um pouco por toda a Europa e noutras partes do mundo. Durante a pandemia ouvimos muitas vezes a sua voz informando sobre o que estavam a viver.

E também nas artes e na cultura, muitos portugueses e lusodescendentes viram a sua atividade suspensa, os seus ateliês fechados, os seus espetáculos ou encomendas anuladas, a publicação dos seus livros adiada.

A minha solidariedade também para com as associações culturais, sociais e desportivas, esse rosto tão importante da emigração portuguesa, muitas das quais tiveram mesmo de fechar as portas ou poderão ser obrigadas a fazê-lo num futuro próximo. É uma situação muito preocupante que muitas delas possam desaparecer, porque se perde não apenas o local de encontro e solidariedade dos portugueses no estrangeiro, mas também uma parte da história portuguesa da emigração. Merecem, por isso, a nossa melhor atenção.

A minha solidariedade para com os portugueses que vivem no estrangeiro e se viram privados dos afetos, dos beijos e dos abraços, dos encontros entre amigos, dos debates e das tertúlias, dos convívios à mesa, hábitos tão importantes da cultura e do modo de ser dos portugueses.

Infelizmente, nunca chegaremos a saber quantos portugueses no estrangeiro faleceram vítimas de covid-19 ou foram infetados ou tiveram a sua vida obliterada, visto integrarem apenas as estatísticas dos países de acolhimento.

Em Portugal, o Governo liderado por António Costa tem feito tudo para minorar os efeitos da crise sanitária, económica e social, extensivo, claro, às Comunidades Portuguesas.

A boa notícia é que agora o mundo já tem a tão esperada vacina, mesmo que ainda seja necessário, por alguns meses, ter os mesmos cuidados que até aqui foram necessários para proteger os outros, a começar pela família e os amigos.

E a vacina é uma luz ao fundo do túnel, é a esperança que nos chega em frasquinhos de 0,3 mililitros, depois do cansaço, da angústia e da incerteza. É agora mais real a esperança de que possamos regressar lentamente ao normal, que as associações possam retomar a sua atividade, que os alunos voltem à escola com a normalidade de antigamente e que os postos consulares comecem a regularizar o atendimento, com a promessa de reforço de recursos humanos e a implementação e melhoria de inovações tecnológicas. Que a vida política e cívica possa voltar aos seus encontros e discussões. E não podemos esquecer esse ato tão importante que são as próximas eleições presidenciais de 24 de janeiro, em que todos estão convocados a participar.

Da parte do Grupo Parlamentar do PS na área das Comunidades, serão vários os diplomas legislativos que a breve prazo ao longo de 2021 contamos levar a discussão na Assembleia da República.

Que os afetos possam voltar e que nos possamos sentar à mesa para confraternizar, fazer tilintar os copos em saúdes de esperança, para que possamos voltar a viajar sem os constrangimentos das quarentenas ou da irregularidade dos voos, para que possamos voltar a estar com os familiares e amigos sem medo, e para que os portugueses que vivem no estrangeiro possam vir a Portugal sem restrições na Páscoa, no verão e no natal.

2021 será, decididamente, um ano de esperança.

Bom ano a todos, com muita saúde e sucesso.

Paulo Pisco

Deputado do PS eleito pelo círculo da Europa

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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