
Como é bom cavar, pesquisar e escrever
São processos que cada dia repito por dentro
Com determinação, depois espero para ver
O resultado sem hesitar, vacilar, e sempre tento.
Tento escavar bem fundo no pensamento
Procuro o âmago do sentido e da rima
O que pode até ser um suplício talvez lento
Ou pode nem sair uma obra prima.
Ou até a inspiração nem voltar no momento exacto
E o poema acabar por sair com pouca beleza
E nascer pouco mais do que um mero relato
Sendo que até a sua nascença não há certeza.
Medito, pesquiso, e sempre escrevo
Como um fio de roca da minha infância
Hoje e sempre escrevo por que gosto e devo
O poema deve ser fresco e forte mesmo na distância!
José Valgode