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Marcelo: encíclica do Papa Francisco é de uma coragem ilimitada

O presidente da República de Portugal afirmou que a encíclica do Papa ‘Fratelli Tutti’, sobre ‘a fraternidade e amizade social’, é “de uma coragem ilimitada”, “é um grito brutal e, ao mesmo tempo, a expressão de um poder mobilizador’.

“Em especial, ao denunciar as misérias, as injustiças, as prepotências, os egoísmos, os isolacionismos, as explorações, os individualismos desumanizadores, os populismos fechados e redutores, as barreiras intoleráveis aos direitos das pessoas e dos povos, às migrações, a incompreensão do mundo do trabalho e dos trabalhadores”, escreveu Marcelo Rebelo de Sousa num texto para o jornal digital ‘7MARGENS’.

No artigo de opinião publicado este domingo, o presidente da República destaca que nova encíclica do Papa Francisco – ‘Fratelli Tutti’ – é um “grito brutal” também por “tomar a inspiração” de um encontro com um irmão muçulmano proeminente, ao evocar o exemplo de São Francisco de Assis e o espírito franciscano, ao recordar a Parábola do Bom Samaritano.

A encíclica ‘Fratelli Tutti’ foi publicada este domingo às 12h15 de Roma (menos uma em Lisboa), após a oração do ângelus, e o Papa Francisco assinou o 299.º documento do género na história da Igreja Católica em Assis, no sábado, junto ao túmulo de São Francisco de Assis.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o novo documento é também “expressão de um poder mobilizador’” ao “apelar à esperança e à luta pela paz contra a guerra”, pelo diálogo contra o monólogo, “pela globalização com alma contra a globalização dos interesses e dos poderosos”, pela convergência entre religiões contra o choque entre culturas e civilizações, que junta São Francisco de Assis a “figuras contemporâneas”, como Gandhi, Martin  Luther King ou ao arcebispo sul-africano Desmond Tutu.

“Coragem ilimitada, que arranca da Fé cristã, mas se abre a todas as militâncias conscientes dos riscos do tempo presente, no mundo como nas mais diversas nações que o compõem”, acrescentou o chefe de Estado.

O presidente da República explica ainda que a “coragem” implica que “o testemunho dos crentes não seja matéria privada, mas de intervenção pública”, que tenham o “dever de intervir para provocar ou apoiar a mudança” num sentido da solidariedade “ou, como diz, da amizade social”.

Para Marcelo Rebelo de Sousa a encíclica ‘Fratelli Tutti, Todos Irmãos’, traduz muito do que “de mais prospetivo e inovador houve no Concílio Vaticano II” [1962-65] e é “um sinal de que a Igreja Católica não se acomoda, não transige com as modas de fechamento e de egocentrismo destes tempos”.

“Segue a linha da mensagem radical do Evangelho da opção preferencial pelos deserdados na economia, como na sociedade, como na política”, assinala o chefe de Estado.

 

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