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Macau pode ter uma “Pequena Lisboa”

© Lusa

Um grupo empresarial de Honk Kong avançou que quer criar uma “Pequena Lisboa” no coração de Macau, com restaurantes lojas, mercados ao ar livre e festivais, com direito a viagens de elétrico.

Entre as Ruínas de São Paulo e a Igreja de São Lázaro, o grupo já conta com projetos como os restaurantes Albergue 1601 e Portucao, a taberna 3 Sardines, a “nano-cervejaria” Lazaro Brewing e uma loja de recordações.

Ao lado do espaço onde se vendem pastéis de Chaves nasceu a Ginja do Senado, onde é possível comprar o licor português, um investimento realizado em parceria com um empresário português. No início de maio, a Travessa da Paixão vai passar a acolher o Lata e Porto, focado em enlatados de peixe e no vinho do Porto.

A “Pequena Lisboa”, que vai ser apresentada à Direção dos Serviços de Turismo de Macau e às seis operadoras de casinos, deverá integrar um mínimo de 18 conceitos relacionados também com os países de língua portuguesa e gastronomia macaense numa distância de cinco minutos a pé.

O projeto, que já contempla experiências como oficinas de pintura de azulejos, prevê a extensão da calçada portuguesa nas zonas circundantes ao Consulado-Geral de Portugal em Macau, duas pequenas rotas de elétrico, o fecho ao trânsito de algumas ruas cuja marca é o legado arquitetónico português, bem com a criação de esplanadas, para além do aluguer de trajes tradicionais portugueses complementado com um serviço prestado por um fotógrafo profissional.

Uma das linhas do elétrico pretende garantir a viagem entre as imediações do consulado e a Igreja de São Lázaro. A outra poderia assegurar uma viagem entre uma das ruas que serve o consulado e a Fortaleza do Monte.

O grupo propõe-se igualmente a criar todos os fins de semana “um calendário estimulante de eventos culturais, festivais de rua, festivais gastronómicos, concertos e mercados ao ar livre associados aos países de língua portuguesa”.

Os eventos mais pequenos teriam lugar nas ruas do Bairro de São Lázaro, enquanto os eventos maiores, como concertos e exposições, podem estender-se à Praça do Tap Seac e ao Pavilhão Multidesportos, muito porque a praça é um dos maiores espaços urbanos ao ar livre da cidade, com vista para alguns dos edifícios mais icónicos da arquitetura portuguesa em Macau.

O Lubuds Macau, subsidiário do Lubuds Group com uma forte presença em Hong Kong, conta com mais de mil colaboradores. O investimento em Macau, que não foi divulgado pelo grupo empresarial, vai traduzir-se também na exploração do restaurante na Casa das Receções das Casas-Museu da Taipa, cuja concessão foi decidida este mês pelo Instituto Cultural de Macau. Este restaurante vai avançar com uma parceria com a Associação dos Macaenses, indicou o grupo.

As Casas-Museu da Taipa, transformadas em espaços museológicos, são consideradas uma das relíquias patrimoniais e culturais da época portuguesa. Construídas em 1921, que serviam de residência aos funcionários superiores das ilhas, e que hoje servem também de cenário de fundo no Festival da Lusofonia.

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