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Luxemburgo adia testes por falta de material

A ministra da Saúde do Luxemburgo, Paulete Lenert, anunciou que vai ser adiado o início da realização de testes de despistagem do novo coronavírus aos seus cerca de 625 mil habitantes por não estarem reunidas as condições logísticas.O Governo do Luxemburgo tinha agendado para 19 de maio o início deste processo de testar toda a população no espaço de um mês, apontando para a realização de 20 mil testes por dia.

O adiamento do arranque do projeto foi referido pela titular da pasta da Saúde do Luxemburgo na terça-feira durante uma reunião com os deputados da comissão de Saúde, em que explicava a estratégia nacional para os testes de covid-19.

Em declarações ao jornal luxemburguês Paperjam, o diretor de Saúde, Jean-Claude Schmit, apontou dois motivos para este adiamento, nomeadamente, a não existência do material (reagentes e testes) necessário e o facto de a logística necessária à realização destes testes em massa não estar ainda pronta.

“Não necessitamos apenas de ter os testes, mas também os reagentes”, referiu Jean-Claude Schmit que acredita que haverá condições para que o projeto possa arrancar “no final de maio, oito ou dez dias depois da data inicialmente prevista”.

Na reunião na comissão de Saúde, a ministra Paulette Lenert precisou, que apesar do adiamento, o Governo mantém o objetivo de “testar toda a população”, tendo ouvido da parte dos deputados críticas sobre a existência de “alguma confusão” em relação à estratégia dos testes ao novo coronavírus.

De acordo com o plano de testagem, os estudantes e os professores vão ser os primeiros a serem submetidos aos testes.

O objetivo dos testes médicos é estabelecer medidas posteriores de fim do confinamento.

Os estudantes e professores começaram, entretanto, a receber notificações para se apresentarem nos 17 centros sanitários que fazer os testes e que estão repartidos pelo território.

“Aceitem o teste, trata-se de uma contribuição muito importante para que nas semanas e meses seguintes possamos ter uma vida mais livre”, afirmou Ulf Nehrbass, responsável pelo programa de testes e representante do Grupo de Trabalho e Investigação Covid-19 do Luxemburgo, quando o projeto foi anunciado, em 28 de abril.

O grão-ducado, com fronteiras com a França, Alemanha e Bélgica tem cerca de 625 mil habitantes, mas todos os dias recebe 200 mil trabalhadores dos países vizinhos.

“É importante que os trabalhadores transfronteiriços sejam testados”, acrescentou Nehrbass.

Os testes de despistagem terão uma despesa de 40 milhões de euros, de acordo com o Governo.

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