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Lusodescendente chegou aos 100 jogos por Andorra

O futebolista Márcio Vieira, nascido em Andorra e filho de pais portugueses, disse à agência Lusa que foi “um orgulho muito grande” chegar às 100 internacionalizações pela seleção de futebol andorrenha.

“É um orgulho muito grande chegar ao 100. É um número muito difícil de chegar para jogadores internacionais. Muito poucos conseguem, e sou o terceiro em Andorra”, declarou o jogador de 36 anos do Atlético Monzón, em Espanha.

O médio nascido em Andorra, filho de pais do Marco de Canaveses, foi titular na terça-feira na derrota por 5-0 frente à Letónia, para a Liga das Nações, e pontuou o 100.º jogo em campo pelo país que representa desde 2005.

Nessa altura, contou, jogava no FC Marco, em Portugal, e até podia ter-se estreado antes, mas “uma lesão no joelho” afastou-o da concentração. Ainda assim, lembra-se bem da estreia.

“Foi em 2005, dia 12 de outubro, contra a Arménia. (…) Lembro-me perfeitamente, como se fosse hoje. Tenho várias memórias, muitas boas, mesmo que o resultado não tenha sido. Foi tudo muito bonito, era tudo novo… foi um jogo especial”, recordou.

Aquele que é um dos capitães da pequena nação europeia disse que quer continuar a “jogar enquanto desfrutar e puder”, com o segundo mais internacional de Andorra, Óscar Sonejee, a seis jogos.

Mais acima está outro ‘veterano’, Ildefons Lima, esse já nuns mais ‘inalcançáveis’ 128 jogos, e Vieira, no pódio do país, quer continuar a “estar bem no grupo” e a poder ajudar o país.

Até agora, o médio que até joga “mais à frente” nos compromissos internacionais não apontou qualquer golo, uma coisa “que tem surgido até em conversas no balneário”, porque costuma ter “bons registos de golos” pelos clubes, representando o Monzón já desde 2008/09.

“Ter 100 jogos e não ter nenhum golo… é uma coisa que está a faltar, mas não é algo que me deixe triste”, afirmou.

Filho de emigrantes portugueses em Andorra, voltou aos 12 anos para Portugal, jogou no FC Marco e saiu depois para Espanha, onde representou vários clubes amadores antes de chegar ao pequeno clube da comunidade de Aragão, que dista menos de 200 quilómetros de carro da capital andorrenha, Andorra la Vella.

Aqui, é também há nove anos coordenador das camadas jovens, o trabalho que o ocupa quando não pisa os relvados, numa carreira em que, pela seleção, lembra passagens por grandes estádios, como Old Trafford, Wembley ou Saint-Denis.

A memória mais marcante, essa, surge rápido. “Jogar contra Portugal. O jogo em Aveiro, para o apuramento para o Mundial [de 2018]”, recorda, então numa derrota por 6-0, antes de um 2-0 em Andorra.

No dia 11 de novembro deste ano, também foi titular num particular contra a armada lusa no Estádio da Luz, outro estádio marcante do futebol mundial, após um ano de 2019 em que Andorra venceu a Moldávia, por 1-0, um “grande momento”, pela vitória num jogo competitivo, de apuramento para o Euro2020, adiado para 2021, mas também por ser “a primeira vez que não ficou em último numa fase de apuramento”, relegando os moldavos para essa posição no grupo H.

“Vou continuar a ser o mesmo, a tentar ajudar todos os que estão perto de mim”, garantiu à Lusa o futebolista, que não esconde que tem o desejo de “ainda poder vir a jogar” ao lado do irmão, Xavi Vieira, que asseverou ter “boas qualidades”.

 

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