Inspeção-Geral de Finanças diz que TAP não devia manter negócio no Brasil
A auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) às contas da TAP critica a participação no negócio de manutenção no Brasil, afirmando que a racionalidade económica não foi demonstrada e que se perspetivam “perdas muito significativas”.
No documento, a que a Lusa teve acesso e que foi avançado pela SIC, a IGF sugere o envio do relatório, “após homologação, ao Ministério Público”.
“Não se encontra demonstrada a racionalidade económica da decisão da administração da TAP, SGPS, de participar no negócio da VEM/TAP ME Brasil e, posteriormente, de não aceitar uma proposta da GEOCAPITAL, de 23/01/2007, de renegociar a parceria no sentido, designadamente, de partilhar riscos e encargos, tendo, ao invés, optado pelo reforço da sua posição na VEM, sem orientações das tutelas ou da acionista Parpública nesse sentido, ficando acionista única da Reaching Force e detentora de 90% do capital da VEM”, lê-se no documento.
“Perspetivam-se perdas muito significativas com aquele negócio pela não recuperabilidade dos valores envolvidos, que, até 2023, ascendiam a 906 milhões de euros”, segundo o relatório.