Incêndios: Portugal registou mais de 106 mil hectares ardidos desde domingo
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões norte e centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 75.645 hectares.
As zonas mais afetadas localizam-se nas regiões de Aveiro, Tâmega e Sousa e Viseu Dão Lafões, que totalizam 75.645 hectares de área ardida, 71% da área ardida em todo o território nacional.
De acordo com o sistema Copernicus, que recorre a imagens de satélite com resolução espacial a 20 metros e 250 metros, a contabilização do total de área ardida desde domingo chega aos 106.222 hectares, perto do dobro em relação a terça-feira, quando a área ardida ascendia aos 62.646 hectares.
No último dia, a situação agravou-se particularmente na sub-região de Viseu Dão Lafões, onde a área ardida mais que duplicou em apenas um dia, contabilizando-se agora 33.970 hectares, mais 17.098 hectares do que na terça-feira.
Na Região de Aveiro, que inclui as zonas entre Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Águeda, o sistema Copernicus contabiliza 21.964 hectares de área ardida desde segunda-feira.
Com 19.710 hectares de área ardida, desde domingo, Tâmega e Sousa segue-se entre as zonas mais afetadas, surgindo depois a Área Metropolitana do Porto, onde já arderam 13.481 hectares.
Na sub-região do Ave, arderam 9.172 hectares, contabilizando-se ainda 5.830 hectares de área ardida no Alto Tâmega.
A área ardida em Portugal continental este ano totaliza já, segundo o sistema Copernicus, 124.904 hectares consumidos por 162 incêndios significativos (com 30 hectares ou mais de área ardida) contabilizados pelo sistema europeu de observação da Terra.
Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), esta quarta-feira pelas 12h00 (hora local), estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.