Inaugurada no Brasil exposição sobre os 500 anos de Camões
A exposição “A língua que se escreve sobre o mar – Camões 500 anos” foi inaugurada esta quarta-feira no Rio de Janeiro com obras trazidas por D. João VI para a então capital do império português, numa cerimónia com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros.
“Camões é de nós todos, como a língua portuguesa é de nós todos”, afirmou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, na inauguração da exposição da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) que detém cerca de 700 exemplares de livros de Camões, alguns vindos de Portugal com a chegada de D.João VI, à então nomeada capital do império.
Paulo Rangel definiu Luis de Camões como uma personalidade que criou uma obra humana que não é humana, mas sim “uma obra sobre-humana”.
Entre os exemplares patentes na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro encontram-se primeiras edições de “Os Lusíadas” (1572), “Rimas” (1616) e “Rhytimas” (1595) e há “mapas de Lisboa e das Américas, feitos na época de Camões – uma era de navegações e descobrimentos que inspiraram o maior escritor lusitano”, indicou a organização em comunicado.
Estão expostas ilustrações presentes nos livros de Camões, “além de diversas gravuras e desenhos dos séculos XVI ao XIX que retratam e homenageiam o autor”.
“A exposição inclui, ainda, obras da literatura inspiradas no universo camoniano, além de pinturas de artistas contemporâneos relacionadas à temática da navegação, entre outros itens do acervo da FBN”, acrescenta-se na mesma nota.
A entrada gratuita para a exposição que foi realizada com a Embaixada de Portugal no Brasil, do Camões – Centro Cultural Português em Brasília e de e o escritório de advocacia Pinheiro Neto Advogados.
Em declarações à Lusa, o secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto, que a inauguração desta exposição “mostra o relacionamento íntimo entre o Brasil e Portugal”.
“É muito importante perceber que a Biblioteca Nacional foi criada por D.João VI”, tendo sido trazidos “60.000 livros” paa fundar esta biblioteca, destacou.