Atrevo-me a não olhar vendada
Para o que retratam os jornais
Nem tenho número de associada
No clube humano dos infernais
Assisto com imensa mágoa
As investidas para “os demais” suprimir
Usurpando-lhes dignidade abrigo e água
Numa cruel provação de devir
Para tantos são números a eliminar
Não têm corpo nem afetos nem alma
E sobram na ausência de quem pode castigar
Tanta fúria a perdurar no tempo
Será antecipação do “glorioso” momento
Em que os escombros habitarão vivalma
?!
Paula Sá Carvalho
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