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Hoje como no tempo de Hitler as massas reagem de jeito semelhante

Política é a arte do possível, sobretudo para quem pode! Política é a arte do possível, mas para que o povo fizesse parte essencial das possibilidades teria de formular os seus interesses através de grupos onde não perca a visão geral e participe activamente…

Povo sem poder efectivo é isca de anzol para outros pescarem. Um olhar mesmo distraído sobre a história universal leva a concluir que os diferentes regimes e até em democracia, a política é sobretudo a grande possibilidade para as elites, seus representantes e instituições fortes estabelecidas no sistema. Torna-se caricato o facto de, de maneira sustentável, o povo ver reduzida a sua acção ao papel de queixoso e vítima.

Antigamente quando pensava nos crimes de Hitler não podia acreditar que o povo alemão o pudesse apoiar como apoiou. Agora que me dou conta da conexão das elites entre si e de como funcionam os meios de comunicação social (sobretudo informação sobre as guerras e a pandemia) é-me permitido perceber os fenómenos do presente e compreender muito bem o porquê de o povo alemão ter apoiado em massa as desumanidades de Hitler e as suas mentiras em cadeia. Hitler conseguiu convencer o povo da superioridade e da razão alemã apoderando-se da imprensa e da publicidade conseguindo assim criar no povo uma consciência colectiva contra os judeus e assim poder efetuar o bárbaro genocídio e motivar o empenho para a produção de armas…

O poder e as forças dominantes são como o camaleão: Antes dominavam o povo com métodos repressivos e agora, em democracia, dominam-no através da “informação”.

Mentir não é só emitir uma mensagem falsa com a intenção de que os receptores a tomem como verdadeira, mas sobretudo elaborar notícias e noticiários com informações meias-verdades em que essas meias verdades fazem das outras meias, mentiras inteiras (O método mais eficiente está a ser, em vez de factos, apresentar interpretações de factos como sendo meros factos). A mentira, em cadeia, forma visões e opiniões que se têm como verdades absolutas sem que o cérebro se dê conta disso dado não ter informação oficializada sob outros pontos de vista. Faz-se da informação uma droga que tantas vezes repetida transforma a meia-verdade em verdade inteira e assim se leva o povo a viver na mentira ao serviço de interesses estranhos, contra si próprio e contra a humanidade.

A política embora tenha sido até hoje a arte do possível, formadora de poderosos e ricos, tem paulatinamente levado estes a ceder parte da riqueza que o povo produz em benefício do próprio povo, mas só na medida em que a consciência deste cresce e se organiza…

António CD Justo

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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