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Guterres preparara recandidatura às Nações Unidas

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse, no domingo, aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, que gostaria de cumprir um segundo mandato no cargo.

O antigo primeiro-ministro português deverá informar oficialmente o presidente da Assembleia Geral da ONU “em breve”, segundo referiram os diplomatas, falando sob condição de anonimato porque a decisão ainda não foi tornada pública, adianta a Bloomberg.

António Guterres, de 71 anos, assumiu o cargo de secretário-geral da ONU em janeiro de 2017 para cumprir um mandato de cinco anos, que termina no final deste ano.

Segundo os diplomatas, Guterres, que conseguiu evitar a ira do Presidente norte-americano, Donald Trump, abstendo-se de o criticar em público, quis esperar pelos resultados das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro, que deram vitoria ao democrata Joe Biden, antes de tomar uma decisão.

A Administração Trump entrou várias vezes em confronto com a ONU e as suas organizações, renunciando mesmo à Organização Mundial da Saúde (OMS) e irritando os membros do Conselho de Segurança quando se retirou unilateralmente e tentou acabar com o acordo nuclear multinacional assinado em 2015 com o Irão.

O Presidente eleito, Joe Biden, prometeu, no entanto, reverter a abordagem dos Estados Unidos, regressando à OMS e ao acordo com o Irão e juntando novamente ao acordo de Paris sobre as alterações climáticas.

Durante o seu mandato, Guterres fez da questão das alterações climáticas a sua prioridade, pressionando os países a aumentar os compromissos para reduzir as emissões de carbono.

A administração de Biden sinalizou que o clima será uma das principais prioridades e a sua escolha para embaixadora na ONU, Linda Thomas-Greenfield, é uma diplomata experiente em quatro continentes.

Os últimos secretários-gerais da ONU cumpriram sempre dois mandatos, pelo que os diplomatas esperam que o chamado P5 (os membros permanentes do Conselho de Segurança) – Rússia, EUA, Reino Unido, China e França – apoiem a sua candidatura à reeleição.

 

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