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Grupo de teatro conta uma história por dia ‘online’

O grupo de teatro “O Nariz”, de Leiria, está a contar uma história por dia, já há um mês, como forma de manter atividade e para animar o período de quarentena durante a pandemia de covid-19.

Sem hipótese de apresentar espetáculos ou, sequer, de ensaiar, o grupo começou em 18 de março a partilhar histórias através da página de Facebook, sempre por volta da hora do por do sol.

“Com todo este problema, começámos a pensar no que podíamos fazer. Há uns anos que temos os ‘Contos ao Por do Sol’, sessões em que músicos e atores atuam em diferentes espaços”, explica Pedro Oliveira, ator, encenador e presidente d’O Nariz.

A adaptação do formato para a internet, em versão reduzida, tem permitido a partilha uma história da tradição oral por dia.

O exercício era para durar apenas até ao fim de março, mas foi continuando com a persistência da pandemia e agora são cada vez mais os contadores, não só de “O Nariz”, mas também convidados, que contam histórias durante o atual estado de emergência.

“Isto era para entreter miúdos e os pais, mas ganhou uma dimensão que nos surpreendeu”, avança Pedro Oliveira.

“As pessoas estão a aderir bastante”, não só para contar histórias, mas também para as ouvir: há uma média diária de seis mil visualizações das histórias, de Portugal, mas também de África, Brasil, norte da Europa e Estados Unidos da América, “países onde há comunidades de portugueses”.

A versão ‘online’ de “Contos ao Por do Sol” já contabiliza histórias partilhadas por mais de duas dezenas de contadores portugueses – como Jorge Serafim, Cristina Taquelim, Ana Sofia Paiva ou António Fontinha – mas também do Brasil, Itália, Argentina ou Cabo Verde.

O grupo de teatro de Leiria, que organiza anualmente o Encontro Internacional de Contadores de Histórias, promete continuar a partilhar histórias todos os dias, “até conseguir”.

“Pelo menos até ao fim do mês vamos continuar. Haja pessoas para contar!”, diz Pedro Oliveira, que gostava de dar continuidade ao movimento, após passar o surto de covid-19.

“Engraçado era chegarmos às pessoas mais isoladas e antigas, mas, neste momento, é muito difícil, porque não nos podemos deslocar. Mas, depois, dá vontade de agarrar numa câmara e num bom travador e ir à procura de histórias, como o António Fontinha faz há anos”.

 

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