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Greves e protestos paralisam Alemanha

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O governo federal precisa de dinheiro para moldar a política no mundo e para transformar também ideologicamente a própria sociedade; por isso tem tomado medidas restritivas em vários sectores da sociedade e quis abolir os subsídios ao gasóleo dos agricultores… 

Na Europa atual, as regulamentações são impostas de cima, mais pela ideologia do que pelos especialistas. Os agricultores estão indignados e ao lado de outros atores doutros sectores movimentam os ânimos de todo o país com manifestações com os seus tratores (com a maioria da população a apoiar a manifestação). Há acusações de representantes do governo alemão de que as manifestações dos agricultores estão a ser infiltradas por extremistas de direita. Mas isto foi contradito pelos organizadores das manifestações atendendo ao bom andamento das mesmas. A acusação de extremismo de direita é regularmente utilizada pelo sistema quando faltam argumentos factuais que justifiquem o seu agir (embora pequenos grupos de extremistas de direita e também de esquerda tentem, por vezes, perturbar manifestações pacíficas e abusar delas no sentido dos seus próprios fins). Também durante a crise do coronavírus, os críticos das medidas anti Corona foram rotulados de “direitistas” e “inimigos da democracia”. Os cidadãos já perceberam isso e não se deixam impressionar; muitos deles retiram-se para as suas vidas privadas. 

Quer a falta de objetividade em afirmações de atores governamentais, quer o tipo radical e agressivo de pequenos grupos, provoca receios infundados entre a população que a leva a apelar por um Estado autoritário…

O governo alemão quer redirecionar imensos fundos públicos para implementação da indústria militar, tecnologias de ponta e outros sectores de futuro como o energético, sector importante para indústrias viradas para a exportação.

Um fenómeno novo que se observa em iniciativas cívicas e no acompanhamento de manifestações é o radicalismo acompanhante.  Manifestantes chegam a paralisar o país como é o caso de: protestos de agricultores, greves de maquinistas da ferrovia, “a última geração”, etc.

A partir de agora, os agricultores teriam de pagar a taxa normal de imposto de 47,07 cêntimos por litro sobre o gasóleo. No entanto, podem solicitar um retorno de 21,48 cêntimos por litro consumido.

Na Europa, segundo apresenta o diário HNA 8 de janeiro de 2024, existem diferentes taxas de imposto para o gasóleo agrícola: Na Holanda, os agricultores não recebem quaisquer descontos e pagam a taxa integral de 52 cêntimos por litro. A França subsidia com 18,8 centavos por litro. Na Polónia, os agricultores não têm descontos, pagam 33,4 cêntimos por litro. Na Itália é de 13,6 cêntimos por litro, em Espanha de 9,7 cêntimos e na Dinamarca de 7,1 cêntimos por litro. Na Bélgica não existe qualquer imposto sobre o gasóleo agrícola. Com a restituição do imposto, na Alemanha os agricultores pagam 25,56 cêntimos por litro.

Em 2020 havia 263.500 explorações agrícolas e há 25 anos havia mais do dobro delas…

Em 2022, sete mil milhões de euros do fundo agrícola da UE foram canalizados para a agricultura e a pesca alemãs.

Os subsídios da UE representaram cerca de 57% do total de subsídios pagos à empresa em 2021/2022. O restante dos subsídios pertence aos governos federal e estaduais.

A segurança e a agricultura são a base de um Estado soberano, razão pela qual também a agricultura deveria ser protegida pelos políticos.

António CD Justo

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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