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Governo não vai nacionalizar a Groundforce

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O ministro das Infraestruturas e da Habitação garantiu que “o Governo não tem qualquer intenção de nacionalizar a Groundforce”, dizendo acreditar que “o acionista privado vai compreender” que tem de dar garantias à TAP para receber os adiantamentos pedidos.

“Ao contrário do que é dito, não temos qualquer intenção ou vontade de nacionalizar a empresa ou empresas”, afirmou hoje Pedro Nuno Santos, em conferência de imprensa sobre as negociações da TAP com a empresa de ‘handling’ Groundforce, depois de o acionista privado, Alfredo Casimiro (50,1%), ter acusado o Governo de “chantagem e um ultimato inaceitável”.

Questionado sobre as declarações de Alfredo Casimiro, o governante desvalorizou o “tom da carta”, dizendo entender tendo em conta “a situação de desespero em que está o acionista privado da Groundforce”.

“Tenho de dar um desconto à carta que foi tornada pública e faço esse desconto, porque entendo a situação de desespero em que está o acionista privado da Groundforce. O tom da carta não é relevante, o que é relevante é que tenho de fazer bem o meu trabalho — defender a TAP e o dinheiro dos portugueses”, declarou.

Pedro Nuno Santos disse acreditar que ainda seja possível chegar a uma “solução”, que passa por o “acionista privado compreender que a TAP tem direito a proteger-se”, antes de fazer novos adiantamentos de capital à empresa de que é acionista (49,9%), que já totalizam 12,3 milhões de euros.

A TAP propôs efetuar à Groundforce (SPDH) um novo adiantamento de 2,05 milhões de euros para pagamento de salários de fevereiro aos 2.400 trabalhadores, exigindo em troca uma penhora da participação da Pasogal, empresa de Alfredo Casimiro, até ao pagamento da dívida — até a Groundforce receber o financiamento bancário.

“Aquilo que não conseguimos entender é, se de facto é intenção do acionista privado é pagar à TAP [a dívida], qual é o problema de assumir” [a penhora da sua participação]. Ainda nos assusta mais”, acrescentou.

O governante afirmou que a TAP tem feito “um grande esforço para apoiar a Groundforce”, mas chegou um momento em que “a TAP não pode continuar a fazer adiantamentos sem ter garantias”, precisando que o faz desde novembro.

“Temos feito um trabalho importante para apoiar a Groundforce nos últimos meses”, através do adiantamento de verbas por serviços ainda não prestados, mas “chegou um momento em que a TAP deixou de poder continuar a fazer adiantamentos”, afirmou.

Pedro Nuno Santos começou por “deixar uma palavras aos 2.400 trabalhadores da Groundforce, que estão numa situação de “grande desafio” nas suas vidas, com os salários de fevereiro em atraso.

A Pasogal, de Alfredo Casimiro, detém 50,1% da Groundforce e a TAP 49,9%.

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