Geórgia: novo destino de futebolistas e treinadores portugueses

A seleção da Geórgia brilhou no Euro2024, impondo mesmo uma derrota a Portugal, mas o campeonato de futebol do país mostra também uma forte evolução em vários aspetos, sendo cada vez mais atrativo para profissionais do desporto-rei.
Quando Pedro Monteiro (na foto acima) chegou à então longínqua e desconhecida Kutaisi, em 2022, para representar o Torpedo local, era o único português no futebol georgiano. Dois anos passaram e a influência lusitana cresceu, curiosamente no período mais exuberante e prometedor do futebol do país que se tornou independente em 1991 graças à dissolução da União Soviética.
Entretanto, outros jogadores rumaram à Geórgia, mas também treinadores, adjuntos, analistas. Só este ano, o apelo da pátria de Mamardashvili e Kvaratskhelia atraiu o guarda-redes Ricardo Silva (Dínamo Batumi), o médio João Nóbrega (FC Dila) e o treinador Rui Mota, que, recentemente, se mudou para a Arménia e foi substituído por Ricardo Costa, que terá no mesmo FC Dila, atual líder do campeonato, a primeira experiência como treinador de uma equipa sénior.
“Desde que cheguei, tem havido muitas melhorias. Os estádios são bons, uns têm melhorado e outros são novos, construídos recentemente, as infraestruturas também estão melhores, os relvados… O clube que represento tem um centro de treinos muito bom. Depois, vir para cá, lutar por títulos e jogar competições europeias é tentador”, refere Pedro Monteiro ao Jornal de Notícias, sublinhando o facto de haver “cada vez mais investidores” a entrar no futebol da Geórgia.