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França: acabada a ajuda do Estado preço dos combustíveis dispara

© RR

Com o fim da ajuda do Estado que continha os preços dos combustíveis em França, os automobilistas acordaram hoje com o litro do gasóleo nos dois euros e cinco cêntimos, o valor mais elevado dos últimos meses.

“Da última vez, paguei 1,80 euros e mais algum… Aumentou tudo, pão, óleo, gasolina. Mas as pessoas não falam nada, aguentam. É um estado de ladrões”, reclama Paul Orlowski, reformado de 82 anos, enquanto abastece num posto de combustível em Paris.

Paul Orlowski conta ainda à agência France-Presse que não não encherá completamente o tanque do seu carro pequeno: “Coloquei vinte euros para não parar, mas não consigo encher”.

Os preços dos combustíveis voltaram a subir fortemente esta quarta-feira em França, com uma redução drástica do desconto do estado, que chegou aos 30 cêntimos por litros desde 01 de setembro e de 20 cêntimos, concedido pela TotalEnergies nos seus postos. Ambos foram agora reduzidos para 10 cêntimos.

Esta quarta-feira de manhã a gasolina 95 sem chumbo estava a 1,87 euros numa estação nos arredores da capital francesa. 

Os últimos dias foram de correria às estações de combustível, de forma a aproveitarem as últimas horas de descontos mais acentuados.

Muitos postos ficaram sem pelo menos um tipo de combustível e alguns esgotaram completamente, principalmente em Ile-de-France e Auvergne-Rhône-Alpes, no sudeste da França.

Os descontos de 10 cêntimos vão manter-se até 31 de dezembro. Em 2023, o Governo prevê atribuir auxílios direcionados aos motoristas “que lutam para sobreviver”, sublinhou o ministro das Contas Públicas, Gabriel Attal.

Mas para Rachid Chelbi, taxista parisiense que abastece quatro vezes por semana, o Estado devia continuar a “colocar a mão na massa”.

Do outro lado da mesma avenida, noutro posto de combustível, uma médica italiana, de 34 anos, manifestou-se “dececionada” com o aumento dos preços.

“Trabalho entre dois hospitais na Ile-de-France, de difícil acesso por transporte público e, claro, eles não me pagam a gasolina. É horrível. Quero voltar para a Itália, a qualidade de vida ficou insuportável aqui”, confessou.

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