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Festival Fabric Arts liga dois lados do Atlântico

O festival Fabric Arts, a decorrer em Fall River, está a promover as “conexões entre os dois lados do atlântico”, dos Açores para os Estados Unidos, disse à Lusa um dos curadores.

Depois de uma primeira edição presencial e uma segunda híbrida, esta é a terceira edição do festival organizado pela Casa dos Açores da Nova Inglaterra e que conta com a curadoria de Jesse James e Sofia Carolina Botelho (organizadores do festival Walk & Talk).

Segundo disse Jesse James à Lusa, a pandemia de covid-19 “acabou por colocar em pausa muitas das ideias e ambições” que a organização tinha em mente, pelo que a terceira edição “é uma reintrodução do projeto na cidade, mapeando artistas, lugares e processos e implicando vários agentes locais para pensar como este projeto pode crescer e potenciar um ecossistema local”, explicou Jesse James.

A ideia do festival, que começou na quinta-feira e termina no sábado, partiu de Michael Benevides, empresário e vice-presidente da Casa dos Açores de Nova Inglaterra.

“O Michael Benevides é lusodescendente e diretor de um supermercado em Fall River. Como o supermercado, o Fabric parte das relações da diáspora portuguesa, mas vive na contemporaneidade”, explicou Jesse James, enaltecendo a “resiliência” e a “vontade” do empresário.

Observando que a “premissa de estabelecer relações entre os dois países se mantém muito presente”, o curador realçou a importância do festival para essa “conexão”.

“[O festival] serve para recontextualizar essas conexões entre os dois lados do atlântico, e isso faz-se através de novas expressões, códigos e linguagens que muitos destes artistas produzem”, afirmou.

A edição deste ano “viaja entre as artes visuais, a música e a comensalidade” e criou novas instalações para o espaço público, como uma escultura de Maria Ana Vasco Costa, um “túnel mural” de Greg Pennisten e uma “mesa comunal” do designer Tyler Inman.

O festival promove a exposição Na Vida e na Morte, Ámen!, com desenhos do Márcio Matos e uma peça de som do Kolt (Blacksea Não Maya), patente no Fall River Museum of Contemporary Art.

O cartaz inclui também “concertos-diálogos” de Ece Canli, Norberto Lobo, Shabazz Palaces, PMSD, um “arraial” com a Príncipe – ‘Dj’ Nídia e ‘Dj’ Lycox e “jantares performativos” com a presença dos artistas João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira e do ‘chef’ Mitchel Mauricio.

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