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FC Porto nunca tinha jogado tão a norte e acabou desnorteado

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Uma exibição recheada de insegurança defensiva e passividade nas transições custou ao FC Porto uma surpreendente derrota na visita ao campeão norueguês Bodo/Glimt (3-2), na estreia da remodelada fase regular da Liga Europa de futebol.

No relvado sintético do Estádio Aspmyra, o dinamarquês Kasper Hogh (15) e Jens Petter Hauge (40 e 62) anotaram os golos dos anfitriões, que até começaram a perder, com um tento do espanhol Samu (08) e ficaram reduzidos a 10 elementos a partir da expulsão com duplo cartão amarelo de Isak Määttä (51), num resultado fechado pelo estreante sueco Deniz Gül (90).

O FC Porto, vencedor em 2002/03 e 2010/11, quebrou a invencibilidade dos clubes portugueses nas provas europeias desta época, que durava há 14 partidas, e vai terminar a primeira de oito rondas da fase regular no lote dos últimos classificados, sem pontos.

Quatro dias depois do triunfo na visita ao Vitória de Guimarães (3-0), da sexta jornada da I Liga, Vítor Bruno devolveu às escolhas iniciais Marko Grujić, Gonçalo Borges e Iván Jaime, que testou o guarda-redes Nikita Haikin de meia-distância logo no primeiro minuto.

O Bodo/Glimt não demorou a ripostar, com Isak Määttä a atirar para intervenção de Diogo Costa (três minutos) e Hogh a cabecear por cima (cinco), mas ficou em desvantagem logo a seguir, quando Gonçalo Borges cruzou na direita para a zona do segundo poste e Francisco Moura assistiu o quarto tento de Samu em outros tantos jogos pelos ‘dragões’.

O dianteiro esteve perto de ‘bisar’ num remate ‘picado’ sobre Haikin (10 minutos) e Gonçalo Borges também atirou ao lado (13), num fulgor diluído ao fim do primeiro quarto de hora, já que Hauge lançou Hogh nas costas da defesa ‘azul e branca’ para o golo da igualdade.

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O FC Porto quase recuperava a vantagem numa tentativa de corte de Odin Bjortuft contra Haikin (19 minutos), insistindo em investidas desenquadradas de Iván Jaime (23) e João Mário (28 e 35), por entre uma perdida de Ulrik Saltnes aos pés de Diogo Costa (31).

Assente em pressão alta e futebol envolvente, o Bodo/Glimt viu igualmente Patrick Berg esbarrar no guarda-redes visitante (38 minutos), que seria desfeiteado pela segunda vez a caminho do intervalo, fruto de uma combinação entre Hogh e Saltnes, finalizada em zona frontal por Hauge.

Haikin viria a suster a diferença tangencial perante Samu (45 minutos), no ocaso de uma primeira parte movimentada, cujo equilíbrio territorial aparentou ficar condicionado com a expulsão de Määttä no reatamento, por tentativa de simulação nas imediações da área ‘azul e branca’.

Apesar da inferioridade numérica, os processos simples do Bodo/Glimt voltaram a expor os problemas defensivos do FC Porto aos 62 minutos, altura em que Berg desarmou Iván Jaime e descobriu Hauge, que tirou Zé Pedro da frente e rematou cruzado para o 3-1.

Se o recém-entrado Galeno (68 minutos) e Zé Pedro (73) não acertaram no alvo, o líder isolado da Liga norueguesa, que caminha para o quarto título doméstico em cinco anos, explorava o desnorte alheio por Hauge (74), cujo ‘hat-trick’ foi negado por Nehuén Pérez perto da linha de golo, e por Saltnes, ao forçar uma defesa apertada de Diogo Costa (76).

O avanço do relógio traria agitação junto da baliza de Haikin, que se superiorizou a Nico González (77 minutos), a Pepê (78) e ao suplente Deniz Gül (90), cuja estreia a marcar pelo FC Porto na reta final, após golpe aéreo do espanhol bloqueado por Villads Nielsen, não bastou para evitar a segunda derrota dos pupilos de Vítor Bruno em 2024/25.

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