De que está à procura ?

Colunistas

Fazer bonito para a fotografia

© DR

Num repente o SNS (Serviço Nacional de Saúde) e outras classes humanitárias, sociais e análogas, ficam sem constrangimentos, e cheios de boa vontade, com muita disponibilidade no apoio aos refugiados da Ucrânia, coisa não regular na pandemia. 

No ritmo ambivalente das exigências da pandemia de covid-19, simultaneamente no ritmo de não destoar do ambiente, surgem agora ondas incansáveis no que tange à guerra da Rússia.    

Custar-me-á muito que neste afã se não acautele o dia de amanhã, se não possa dar aquilo que os refugiados merecem e se esboroe as suas espectativas. E que eventualmente fora dos holofotes se lhes sejam até nefastos.

Os principais organismos portugueses durante a pandemia olhavam um pedacinho para o parceiro – o país ao lado e o que ele fizesse, se fazia. Agora faz a mesmíssima coisa para ficar bem na fotografia.

Neste particular são bastantes assinaláveis os organismos autárquicos e socias – porque mais próximos, com obrigação de conhecer as realidades locais, assobiam para o lado, algumas vezes sem vergonha nem memória, e agora com vista aos vários focos da Comunicação Social querem fazer bonito.

Mesmo que possa ser tudo ao molho – e pouca fé em Deus – passível de sobra ou dano, a fazer lembrar muito aquilo dos fogos de 2017 e 2018 em Portugal, quando aventei que a fazer-se chegar muita parte da generosidade e do altruísmo dos portugueses, levasse ela o menor caminho. Passasse pelo menor número de mãos, não fosse perder-se. E foi o que foi.

Mário Adão Magalhães

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA