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Este é o museu português do ano. Saiba porquê

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O Museu Municipal da Covilhã, que foi esta sexta-feira distinguido com o Prémio Museu do Ano 2022, resulta de um investimento de cerca 200 mil euros e distingue-se pela aposta em conteúdos inclusivos e sensoriais.

Localizado no centro da cidade, o espaço foi totalmente renovado e abriu portas ao público no verão passado, dando assim uma nova vida a um edifício histórico da cidade, que foi projetado pelo arquiteto Ernesto Korrodi e cuja fachada se destaca pelo trabalho de cantaria e pela decoração em azulejos com temas alusivos ao comércio e aos Descobrimentos.

Lá dentro, os conteúdos permitem fazer uma viagem pelo passado do concelho da Covilhã, através das diferentes épocas de ocupação do território e com recursos “variados, acessíveis e inclusivos”, como destacou a autarquia na altura da inauguração das obras de requalificação.

Além das peças, objetos, textos, fotografias, ilustrações, maquetes e cenografias, o visitante também tem ao dispor audiovisuais, textos em braille, réplicas e imagens táteis, bem como audiodescrição ou legendagem e interpretação em língua gestual portuguesa.

“O espaço apresenta uma organização cronológica dos conteúdos, distribuídos por diferentes pisos: da Pré-história à Romanização (piso 3), Idade Média e Moderna (piso 2), Época Contemporânea (piso 1) e uma visão global da história da cidade e uma reflexão sobre o futuro, com recurso a interativos (piso 0)”, tal como detalhou este município liderado por Vítor Pereira, na apresentação do projeto.

O museu também está capacitado para acolher exposições, palestras, concertos ou outras atividades e serve ainda como ponto de partida para grupos e visitas guiadas na cidade.

Além disso, no âmbito do projeto de descentralização da arte desenvolvido pelo Novo Banco Cultura, também tem expostas ao público cinco obras portuguesas do século XX, da autoria de Eduardo Malta, Maria Helena Vieira da Silva, Arpad Szenes, Júlio Resende e Malangatana.

O galardão Museu do ano é atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM) e foi hoje anunciado numa cerimónia realizada na Amadora.

O presidente da APOM, João Neto, indicou à agência Lusa que o júri, composto pelos membros dos órgãos sociais da entidade, recebeu este ano cerca de 270 projetos candidatos, provenientes de todo o país.

Na eleição do Museu Municipal da Covilhã para Museu do Ano pesou a “grande aposta na inclusão, com vários aspetos de adaptação do novo museu ao acolhimento dos públicos com limitações a vários níveis”, e que esta vertente “foi diferenciadora” para atribuir a distinção máxima.

O Prémio Museu do Ano é uma das principais distinções atribuídas pela APOM, num total, este ano, de 32 categorias a concurso, que distinguem, entre outras áreas, a melhor intervenção e restauro, o melhor catálogo, a melhor exposição, mecenato e projeto museográfico.

No ano passado, o prémio Museu do Ano foi para a Casa Fernando Pessoa, dedicada à vida e obra do poeta, em Lisboa.

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