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Espanha quer programas transfonteiriços mais simples e flexíveis

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Espanha quer que a gestão dos programas europeus transfronteiriços Interreg seja “mais simples” e tenha “maior flexibilidade” depois de 2027, disse esta quarta-feira uma responsável do Governo em Santiago de Compostela.

“É importante dotar a gestão destes programas de mais flexibilidade, que a sua gestão seja mais simples, e que se tenham em conta as particularidades intrínsecas de cada fronteira, de cada território”, disse Carmen Hernández Martín, sub-diretora para a Cooperação Territorial Europeia no Ministério das Finanças e Administração Civil do Governo espanhol.

A responsável governamental espanhola falava sobre a programação pós-2027 dos programas Interreg, financiados pela União Europeia, na abertura do Evento Anual Interreg, que decorre esta semana na Cidade da Cultura, em Santiago de Compostela, na Galiza.

Para Carmen Hernández Martín, os programas de cooperação europeus nas fronteiras (atualmente decorre o Interreg 2021-2027) “demonstraram, ao longo dos seus mais de 30 anos de existência, ser um instrumento importante para promover a cooperação e a solidariedade entre diferentes regiões” da União Europeia.

A responsável considerou que, à luz dos “novos desafios derivados da nova realidade geopolítica, social e económica na qual se encontra a União Europeia”, irão “desempenhar um papel ainda mais crucial e importante no futuro”.

“Em muitas situações a sociedade vai à frente das instituições, portanto, as políticas têm de fazer um esforço para se adaptar rapidamente a estas mudanças”, vincou.

Também o ministro das Finanças da Galiza, Miguel Corgos, frisou a importância dos programas transfronteiriços, considerando que a região espanhola “é um claro exemplo” da boa aplicação dos fundos europeus, já que contribuíram para “a melhoria da competitividade, para a modernização e transformação” da sua economia.

“De acordo com os últimos dados disponíveis, a Galiza posiciona-se como a região que mais cresceu, em termos de PIB [Produto Interno Bruto] ‘per capita’ em toda a Espanha, desde o início do século”, disse.

O responsável galego frisou também que a cooperação transfronteiriça entre a Galiza e o Norte de Portugal, através de uma eurorregião, se tornou uma “referência” desde há mais de 30 anos, tendo ambos os lados da fronteira sido “pioneiros em constituir uma Comunidade de Trabalho em 1991”, e um Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial em 2010.

“Isto permitiu, ao longo destes anos, o financiamento de projetos conjuntos e diversos instrumentos de cooperação, que sem dúvida contribuíram para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos nas zonas limítrofes” das fronteiras, disse Miguel Corgos.

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