Diatribe:
O insecto zum zum zum
zumbe aqui, zumbe ali, é só chinfrim
o insecto pim pam pum
morra o insecto, morra, pim!
morra o insecto, morra, pum!
Dissecação:
O insecto, como é bem de ver
só vive para picar, para morder
escarafuncha, esfocinha
futuca, amarfalha, esgravatinha
esbraceia, esperneia, cabeceia,
com as antenas (daqui parecem-me mais corninhos!)
pois não capta nada da sua soez teia
só feromonas e fedorzinhos
do seu unto mundo imundo
e dos seus vis germes
como é próprio dos vermes.
O reino animal é rico e vasto
mas o insecto baba-se no basto
da sua leda soberba lerda
e mesmo que ninguém o oiça ou leia
do seu pequeno e altaneiro
montículo de esterco verborreia
levanta a patinha peluda e a mandíbula
guincha, grita, chia, ulula
zune, zumbe, zoa à toa
acha-se o pináculo da criação
acha-se tão omni e superbus
mas não,
é tão somente superfluus!
Conclusão:
O insecto zum zum zum
catrapus, é só pus
não merece verso nenhum
zás e catrapás
insecto já não hás!
(Para todos os autoproclamados que exclamam, clamam, reclamam apenas para se aclamar e autoproclamar, esses eternos incompreendidos e injustiçados arautos da verdade, snif!)